Exames preliminares indicam que o professor Odailton Charles de Albuquerque Silva, 50 anos, teria morrido a partir da contaminação por um tipo de organofosforado, substância presente em inseticidas e agrotóxicos. Essa substância também é encontrada no veneno para rato conhecido como chumbinho. A vítima fazia parte do corpo docente da Escola Classe 410 Norte. Ele passou mal na instituição após tomar um suco de uva, na última quinta-feira (30/1) e foi socorrido ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde morreu, na terça-feira (4/2).
A mulher do professor, Priscilla Santana de Lima Albuquerque, 39, registrou o boletim de ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte). Ela relatou que o companheiro tinha consumido o suco oferecido por uma colega de trabalho e, cerca de 15 minutos depois, passou mal. Odailton teria enviado áudios pelo WhatsApp relatando o ocorrido.
Priscilla deu aos agentes um pen drive contendo as mensagens enviadas por Odailton para dois colegas de serviço, para subsidiar a investigação. Ela também entregou uma bolsa térmica com gelo, onde estava as roupas usadas pelo professor no momento em que ele apresentou mal estar. As vestimentas estavam umedecidas com o vômito e foram encaminhadas para análise no Instituto de Criminalística (IC).
A 2ª DP investiga o caso e não descartam nenhuma hipótese: tanto a de um homicídio, como de uma possível morte em decorrência de problemas de saúde. Os investigadores aguardam os laudos produzidos pelo IC e pelo Instituto de Medicina Legal (IML) para confirmar se Odailton foi ou não vítima de envenenamento.
Enquanto isso, familiares e colegas de trabalho do professor prestam depoimento na unidade policial. Os agentes também tentam apurar se as câmeras de segurança da Escola Classe 410 Norte funcionavam no momento em que o caso ocorreu.