Um acidente na construção de uma escola na Quadra 101 do Sudoeste assustou moradores ontem. Parte do muro da obra da unidade de ensino particular desmoronou. Apesar do problema, ninguém ficou ferido. A obra, segundo órgãos do GDF, é regular, mas um grupo de pessoas que vivem nas proximidades reclama do impacto que a construção pode ter na rotina.
Após o desabamento, o Corpo de Bombeiros foi acionado para comparecer à obra. A Defesa Civil também esteve no local. O subsecretário do órgão, coronel Sérgio Bezerra, explicou que o problema foi motivado pelo rompimento do muro de contenção devido às fortes chuvas. “A correção será feita por um talude. A Administração do Sudoeste autorizou essa intervenção, mas os responsáveis precisam formalizar isso na Defesa Civil. Enquanto isso, a área continuará isolada”, explicou.
Segundo a Secretaria DF Legal, foi feita uma vistoria, realizada em 15 de janeiro, no local para lançamento da taxa de obras. O empreendimento, segundo a pasta, está regular. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, responsável pela avaliação da documentação, informou que a edificação tem alvará de construção.
“Episódio pontual”
Em nota, o colégio COC Sudoeste, responsável pelo prédio, alegou que o episódio envolvendo o muro da escola foi pontual, na parte dos fundos, devido às fortes chuvas antes da conclusão do serviço de drenagem do solo.
“Com a nossa colaboração, a Defesa Civil atestou que a obra segue as normas de segurança e ocorre dentro do processo de legalidade. A indicação é de uma pequena reparação no local, que será realizada por empresa especializada”, diz o texto.
Moradora do Sudoeste há 16 anos, a servidora pública Nilda Resende, 47 anos, ressalta que ela e um grupo de 50 vizinhos procuraram o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Governo do DF (GDF) para denunciarem a construção, entretanto, não conseguiram resultado positivo.
“Temos um tráfego intenso no local onde a escola está sendo construída. Quando ela entrar em funcionamento, vai piorar mais ainda. Além disso, o espaço era usado para caminhada, tinham muitas árvores e animais, como corujas, que foram retirados para a edificação”, reclamou. “O terreno foi comprado e as obras começaram de forma rápida. Vimos rachaduras nos muros, denunciamos, mas nada foi feito. O ideal é ver se essa construção não oferecerá riscos futuros”, alertou.