O policial civil acusado de matar um policial militar durante festa em Águas Claras vai a júri popular. Péricles Marques Júnior, 39 anos, atirou contra Herison de Oliveira Bezerra, 38, em abril de 2019. Na ocasião, os dois tiveram um desentendimento dentro da boate após um esbarrão, e o civil disparou contra o tenente da PM.
O militar foi assassinado com três tiros e a denúncia cita motivo fútil. A data do julgamento ainda não havia sido divulgada até a última atualização desta matéria. A condenação pode render até 30 anos de prisão.
Péricles passou por audiência de custódia em 16 de abril e a juíza substituta do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC), Flávia Pinheiro Brandão Oliveira, decidiu que a prisão em flagrante do agente fosse convertida em preventiva. A determinação levou em conta as imagens das câmeras de segurança da casa de festas.
A magistrada entendeu ainda que Herison não teve tempo de reagir, o que não sustentaria a ideia de legítima defesa, como Péricles havia alegado em depoimento na corregedoria da Polícia Civil. A juíza também considerou que Péricles é um indivíduo de “alta periculosidade, porque, por causa de um esbarrão, atirou contra o militar em um estabelecimento com grande movimentação de pessoas”.
Na época, a PM manifestou pesar pela morte afirmando que Herison de Oliveira foi um policial marcado pela eficiência, tanto que recebeu uma homenagem na Câmara dos Deputados em 2018. O tenente deixou um filho adolescente e familiares que contaram que ele era um homem caseiro.