Cidades

Polícia suspeita que motorista tenha sido assassinado enquanto trabalhava

Investigadores acreditam que a vítima tenha sido vítima de latrocínio. Aldenys estava desaparecido desde 3 de janeiro

A polícia acredita que o motorista de transporte por aplicativo Aldenys da Silva, 29 anos, encontrado morto às margens da BR-070, em Brazlândia, tenha sido assassinado enquanto trabalhava. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizou o cadáver neste sábado (18/1), mas devido ao estado avançado de decomposição, só foi possível identificá-lo nesta segunda-feira (20/1). 

Investigadores trabalham com a hipóteses de latrocínio (roubo com morte). Segundo o delegado-chefe da 19° Delegacia de Polícia (Ceilândia P.Norte), Gustavo Augusto da Silva, um jovem, de 19 anos, teria solicitado uma corrida pelo aplicativo com Aldenys em 3 de janeiro, mesma data em que a vítima desapareceu. “Provavelmente, ele o roubou e, em seguida, o matou. Essa é a principal linha de investigação. O WhatsApp dele também parou de funcionar no dia 3 e o celular não recebia mais ligações. Apesar disso, não descartamos nenhuma outra possibilidade”, detalhou ao Correio. 

A apuração apontou ainda que em 6 de janeiro o carro de Aldenys, um VW Up preto, ainda trafegava em Brasília. De acordo com o delegado, no mesmo dia, o provável suspeito tentou vender o celular da vítima em um posto de gasolina, em Taguatinga Norte. “Testemunhas relataram ter visto um homem negociando o aparelho com os frentistas e dirigindo um carro da mesma marca. O que ainda iremos apurar é se há a participação de mais uma pessoa no crime. Provavelmente, sim”, detalhou o investigador.

Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso. O delegado informou ainda que agentes estão na rua neste momento para tentar localizar o suspeito. O investigador disse ainda que colherá depoimentos nesta terça-feira (21/1). 

Cadáver

O corpo de Aldenys foi encontrado pela PRF em estado de decomposição na BR-070. O cadáver estava dentro de uma sacola plástica. No crânio, havia sinais de violência. Agora, a polícia aguarda o laudo para identificar as causas da morte da vítima. “É possível que os criminosos tenham desovado o corpo dele. Hoje, faremos a perícia da tentar localizar alguma digital no saco e identificar algum suspeito”, frisou o delegado.  

Patrícia Rocha, 49 anos, era amiga de Aldenys havia 16 anos. A mulher relembra que, momentos antes do motorista desaparecer, no início da tarde,  mandou uma mensagem para ele. “Eu tinha falado que estava passando na casa dele para se vermos, mas ele não me respondeu. Liguei três vezes, mas sem sucesso. Por um instante, achava que ele estava vivo. Vou lutar por justiça, é o que me resta”, lamentou.