O corpo do motorista de transporte por aplicativo Aldenys da Silva, 29 anos, foi encontrado às margens da BR-070, próximo ao balão de acesso a Brazlândia, sentido para Águas Lindas (GO). A vítima estava desaparecida desde 3 de janeiro, quando saiu de casa, em Sol Nascente, para negociar a compra de um lote, em Ceilândia Norte. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizou o cadáver no sábado, mas, devido ao estado avançado de decomposição, só foi possível identificá-lo ontem.
A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo com morte). Segundo o delegado-chefe da 19° Delegacia de Polícia (Ceilândia, P Norte), Gustavo Augusto da Silva, um jovem de 19 anos, teria solicitado uma corrida pelo aplicativo com Aldenys na mesma data do desaparecimento. “Provavelmente, ele (assassino) o roubou e, em seguida, o matou. Essa é a principal linha de investigação. O WhatsApp dele (vítima) também parou de funcionar no dia 3, e o celular não recebia mais ligações. Apesar disso, não descartamos nenhuma outra possibilidade”, detalhou o investigador.
A apuração policial aponta que, em 6 de janeiro, o carro de Aldenys, um Up preto, ainda trafegava em Brasília. Não sabe, porém, quem o dirigia. De acordo com o delegado, no mesmo dia, o provável suspeito tentou vender o celular da vítima em um posto de gasolina, em Taguatinga Norte. “Testemunhas relataram ter visto um homem negociando o aparelho com os frentistas e dirigindo um carro da mesma marca. O que ainda vamos investigar é se há a participação de mais uma pessoa no crime. Provavelmente, sim”, adiantou Gustavo.
Cadáver
O corpo de Aldenys estava dentro de uma sacola plástica. No crânio, havia sinais de violência. Agora, a polícia aguarda o laudo pericial para identificar as causas da morte. “É possível que os criminosos tenham desovado o corpo dele na BR-070. Hoje, faremos a perícia para tentar localizar alguma digital no saco e identificar algum suspeito”, detalhou o delegado.
Patrícia Rocha, 49 anos, era amiga de Aldenys havia 16 anos. Ela lembra que mandou uma mensagem para ele momentos antes de o motorista desaparecer, no início da tarde. “Eu tinha falado que estava passando na casa dele para nos vermos, mas ele não respondeu. Liguei três vezes, mas sem sucesso. A partir daí, comecei a me preocupar. Por um instante, achava que ele estava vivo. Vou lutar por justiça, é o que me resta”, disse.
"Provavelmente, ele (assassino) o roubou e, em seguida,
o matou. Essa é a principal linha de investigação”
o matou. Essa é a principal linha de investigação”
Gustavo Augusto da Silva,
delegado