O alerta dos perigos da alcoolemia chega de diferentes formas. Alguns precisam passar por problemas para depois encerrar a prática. Há seis meses, a estudante Mariana Costa, 22 anos, foi autuada durante uma blitz de madrugada. A jovem estava em um bar da Asa Norte. Ao sair de lá, foi parada em um ponto de fiscalização. “Me neguei a fazer o teste do bafômetro, mas precisei pagar a multa, que é de um valor muito alto”, relatou. Após o episódio, ela diz ter parado de misturar álcool e volante.
Na quinta-feira, Mariana estava acompanhada do amigo Gabriel Viana, 22, em um bar da Asa Sul. Agora, ela garante procurar estabelecimentos próximos ao trabalho para facilitar a ida a pé. “A gente sabe que não pode beber e dirigir, mas, às vezes, insistimos. Não pode mesmo. Eu poderia ter me machucado ou machucado alguém. Agora, o carro fica em casa”, reforça.
Para o engenheiro Michel Martins, 33, sair sem carro quando se consome bebida alcoólica gera sensação de tranquilidade. Morador do Guará, ele costuma ir a bares no Plano Piloto, principalmente na Asa Sul, aos fins de semana. No deslocamento, ele opta por transportes por aplicativo, e o automóvel fica na garagem. “Já me arrisquei dirigindo depois de beber, porém, percebi que isso não compensa e parei. Para sair, geralmente, gasto entre R$ 10 e R$ 15 chamando carros particulares.”
Michel acrescenta que, mesmo que a pessoa não tenha bebido tanto, não é possível ter segurança na hora de pegar no volante. “O problema maior não é ser pego na fiscalização, são os acidentes. Mesmo que você não tenha culpa, vai estar errado e sentir que poderia ter evitado”, afirma. De acordo com ele, outro benefício de sair sem carro é não se arriscar em estacionamentos durante a noite.
Colaboraram Ana Clara Avendaño e Marcos Braz (estagiários sob supervisão de Marina Mercante)