"Existe um provérbio africano que diz: é preciso uma aldeia inteira para cuidar de uma criança. Uma parte disso, fazemos aqui hoje". Com essas palavras, a Subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes, Adriana Faria, abriu a cerimônia de posse dos novos conselheiros tutelares nesta sexta-feira (10/1), no Museu da República. Agora, os 200 representantes eleitos assumem o cargo-chave para cumprimento dos direitos de crianças e adolescentes nas Regiões Administrativas.
"Tivemos uma média de cerca de 50% de renovação no processo, metade reeleitos e os outros novos. Na última etapa, eles fizeram o curso de formação para estarem mais capacitados para as demandas do cargo. A gente teve um processo que deu um salto de qualidade. Então, a gente acredita ter um perfil de conselheiro que atende mais o que precisamos para as crianças e adolescentes no DF", afirmou Faria ao Correio.
O governador em exercício, Paco Britto (Avante), conduziu parte da abertura do evento. Parabenizou os novos conselheiros e reforçou a importância do trabalho a ser executado pelo novo grupo para as cidades e para a gestão governamental.
"O conselheiro é a extensão do governo. É uma responsabilidade muito grande sobre a infância, e sobre as crianças. Eles vão influir muito na educação e na saúde, além do trabalho de assessorar o repasse de problemas das regiões administrativas para o governo", declarou.
"O conselheiro é a extensão do governo. É uma responsabilidade muito grande sobre a infância, e sobre as crianças. Eles vão influir muito na educação e na saúde, além do trabalho de assessorar o repasse de problemas das regiões administrativas para o governo", declarou.
A nova gestão de conselheiros permanece no cargo até 2023. A principal função do posto é zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes, assim como acompanhar os menores em situação de risco e decidir, em conjunto, medidas de proteção. Os membros do Conselho receberão remuneração mensal de R$ 4.684,66, além dos benefícios trabalhistas, como férias, licenças maternidade e paternidade e 13º salário.
Os hoje formados passaram por um longo processo de seleção e qualificação: inicialmente tiveram de ser aprovados no exame de conhecimentos específicos, comprovaram os requisitos exigidos pelo cargo, passaram por processo de eleição e fizeram o curso de formação.
Expectativas do mandato
Amanda Lima, 34 anos, foi conselheira por dois anos em Ceilândia e foi reeleita no último processo. A pedagoga conta ter sido surpreendida pela intensidade de trabalho quando assumiu o posto, em janeiro de 2018, mas relata boas expectativas para a próxima gestão.
“Lidamos com muitos conflitos. Nestes anos, minha intenção é fazer um trabalho mais voltado para a relação familiar das crianças. Todos os problemas que pegamos começam com problemas nos lares, e quando a gente ajuda mais nesse aspecto, os resultados são melhores”, compartilha a conselheira.
“Lidamos com muitos conflitos. Nestes anos, minha intenção é fazer um trabalho mais voltado para a relação familiar das crianças. Todos os problemas que pegamos começam com problemas nos lares, e quando a gente ajuda mais nesse aspecto, os resultados são melhores”, compartilha a conselheira.
Também estiveram presentes na cerimônia o presidente em exercício da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rodrigo Delmasso (Republicanos), o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, o Secretário de Justiça e Cidadania, Gustavo Rocha, e o defensor público-geral, João Carneiro Aires. Músicos do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal tocaram o Hino Nacional e o Hino a Brasília, e o coral infantil Afonso e Som do Céu, com crianças de São Sebastião, cantou algumas músicas brasileiras populares.
*Estagiária sob supervisão de Vinicius Nader