A tarifa do transporte público do Distrito Federal ficará 10% mais cara a partir desta segunda-feira (13/1). O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (9/1) pelo secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Valter Casimiro, em entrevista coletiva no anexo do Palácio do Buriti.
Segundo Valter Casimiro, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) encaminhou nesta quinta-feira (9/1) uma minuta de decreto ao gabinete do governador Ibaneis Rocha (MDB) e aguarda a assinatura do Executivo em exercício, Paco Britto, para a decisão entrar em vigor. Segundo fontes do GDF, o martelo está batido e a mudança será publicada no Diário Oficial do DF de sexta-feira (10/1).
O reajuste de 10% atingirá todas as linhas dos coletivos que circulam pelo DF e o metrô. Os circulares, por exemplo, passarão de R$ 2,50 para R$ 2,75. As ligações curtas custarão R$ 3,85, em vez dos atuais R$ 3,50. Metrô e integração passarão de R$ 5 para R$ 5,50. “O aumento será feito para diminuir os desequilíbrios entre a tarifa do usuário e o custo que o sistema tem. O cálculo desse reajuste, previsto no contrato, era de 16,19%, mas o governo optou em não aderir toda a correção”, explicou o secretário.
Orçamento
De acordo com o secretário, a dívida do GDF com as empresas de ônibus chega a R$ 247 milhões. Por isso, segundo ele, é preciso fazer o reajuste. "Em 31 de dezembro de 2018, nosso débito era de R$ 257 milhões, mas conseguimos diminuir R$ 10 milhões em um ano. Ainda é pouco, mas temos que considerar que o subsídio aumentou. Se não fizermos esse reajuste das passagens, teríamos que conseguir mais orçamento", detalhou.
Questionado sobre o impacto que os reajustes poderiam causar no passe livre estudantil, o secretário esclareceu que "não há previsão para rever a gratuidade". Valer Casimiro prevê ainda a implementação de 80 novos ônibus no DF. "Estamos elaborando uma determinação para que as empresas adquirem mais ônibus. Não será substituição, mas, sim, aumento de frota", argumentou.
Reajustes anteriores na passagem
O reajuste mais recente ocorreu em 2017, no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB). À época, as linhas circulares internas passaram de R$ 2,25 para R$ 2,50; as de ligação curta foram de R$ 3 para R$ 3,50; e as viagens de longa distância e integração subiram de R$ 4 para R$ 5. No governo de Rollemberg, os valores também aumentaram em 2015.