Cidades

Mato que chega a 1,5 metro de altura preocupa moradores do Guará

No Guará, população reclama da demora para realização de roçagem na região próxima a estação do metrô. Vegetação no local ultrapassa 1,5 metro de altura e pode até encobrir uma pessoa

Moradores do Distrito Federal reclamam da demora na roçagem da grama em áreas públicas. No Guará I, próximo à estação de metrô que leva o nome da região, a altura da vegetação já ultrapassa 1,5 metro e pode até encobrir uma pessoa. Moradora da região, Euzinei Gomes de Araújo, 45 anos, relata que o mato alto desperta uma sensação de insegurança. “Dá para esconder uma pessoa nesse mato aqui na frente de casa. Nem saio de casa à noite”, conta.
 
 

Ela acrescenta que a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) costuma aparar a vegetação no começo do ano, mas isso ainda não aconteceu em 2020. “Desta vez está demorando muito”, afirma a técnica de enfermagem. De acordo com Euzinei, a última vez que houve roçagem na região foi em julho do ano passado.

Em alguns pontos, a grama chega a invadir a calçada, deixando pouco espaço para os pedestres passarem. Para chegar em casa, a aposentada Maria Célia Martins, 76, tem que dividir espaço com o mato alto, além de desviar dos buracos na calçada. “O mato está tomando conta de tudo. Desde que começaram as chuvas, não há uma manutenção”, reclama.
 
 
 
A Novacap explica que a manutenção das vegetações urbanas é feita constantemente. Segundo a companhia, o Departamento de Parques e Jardins faz o monitoramento das áreas verdes do Distrito Federal e define as prioridades de acordo com avaliação técnica. Ao todo, mais de dois mil funcionários são responsáveis pela roçagem das áreas diariamente.
 
O cronograma de roçagem segue uma ordem pré-definida por lotes. No entanto, em casos emergenciais, a Novacap pode realizar intervenções pontuais. Segundo a companhia, no ano passado foi feita a manutenção de 1,2 bilhão de metros quadrados em áreas do DF.

Área central

Além do Guará, outro ponto com mato alto é a 813 Sul, próximo à Embaixada da China.  No meio do mato está a marca de travessia de pedestres, também utilizada pela segurança que monitora o perímetro da representação diplomática. Segundo funcionários do local, a grama só está mais baixa em frente ao prédio e em alguns outros pontos, porque a própria embaixada mantém a poda.
 

 
A grama também está mais alta em alguns pontos turísticos. Na Esplanada, em frente ao Congresso Nacional, por exemplo, o mato chega à altura da canela.

Olívio Bahia, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirma que as constantes chuvas dos últimos meses podem ter contribuído para o aumento da vegetação. “De fato, o aumento da umidade e o fato de o solo estar encharcado contribuem para o desenvolvimento do mato. A vegetação só volta a ficar mais seca lá para o final de abril quando essas fortes precipitações em curtos espaços de tempo começam a diminuir”, esclarece.

Mais chuvas

De acordo com o Inmet, a previsão é de que o período chuvoso permaneça pelo menos até o fim de março. Ainda na primeira quinzena de janeiro, o DF terá mais episódios de fortes chuvas com rajadas de vento e possibilidade de trovoadas.
 
Nesta quinta-feira (9/1), a previsão é de céu nublado durante quase todo o dia. No período da tarde e à noite, há possibilidade de precipitações mais intensas. A temperatura máxima deve chegar a 30°C e a mínima, 19°C. A umidade relativa do ar fica entre 95% e 40%.
 
Segundo meteorologistas do Inmet, em alguns pontos do DF, o volume de chuva ultrapassou a média esperada para o mês. Na região do Paranoá, apenas na primeira semana de janeiro já foi registrado 270,6 milímetros, enquanto a média é de 209,4 milímetros.
ED ALVES/CB/D.A Press - o rosto de uma senhora
Agatha Gonzaga/CB/D.A Press - um mato em frente a um muro