Correio Braziliense
postado em 07/01/2020 13:18
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu oito mandados de prisão preventiva, na manhã desta terça-feira (7/2), durante operação que busca desarticular uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) que age em Brasília. Os oito acusados já cumprem pena na Penitenciária Federal local e as novas prisões devem evitar que eles ganhem liberdade.
A ação, batizada de Operação Guardiã 61, também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Taguatinga e Jardins Mangueiral, tendo como alvo advogados que dão suporte ao grupo criminoso. Esses suspeitos, segundo as investigações, costumam ser chamados de "gravatas" pelos membros do grupo.
Ao todo, 14 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão foram expedidos. Três criminosos são considerados foragidos, e outros três mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão serão executados, nos próximos dias, em outros estados.
Imóveis para apoio
Segundo o delegado Leonardo de Castro, da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), as investigações duraram um ano e começaram após uma juíza do DF ser ameaçada por meio de um "catatau" (bilhete, na linguagem da facção).
A partir de então, investigadores identificaram a origem do recado e descobriram advogados que dão suporte jurídico e pessoal aos integrantes da facção. Uma das formas de apoio ocorre por meio do aluguel de imóveis que servem à facção. Foi apreendido um contrato de aluguel em Taguatinga e há evidências de que os criminosos sondaram casas no Lago Sul, Lago Norte e Jardim Botânico.
Os locais serviriam como base para integrantes da facção e como residência para parentes de líderes. "Foi observado um mapeamento das regiões do DF. As casas de apoio são escolhidas levando em conta a proximidade do presídio e a capacidade para não gerar suspeitas. Foram escolhidas não por acaso. O poder econômico dessa organização é muito grande e lhes permite selecionar esse tipo de endereço fora de qualquer suspeita", diz o delegado Guilherme Melo, da Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac).
Ação coordenada
A foi realizada, em conjunto, pela Cecor e pela Difac, que contaram com o apoio do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Nupri/MPDFT) e da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe). Ao todo, 120 policiais participaram da ação.Segundo a PCDF, a organização é responsável por crimes como roubos, tráfico de drogas e ameaças a autoridades, com o objetivo de consolidar as atividades do PCC na capital federal e se aproximar de , no início de 2019.
Ainda de acordo com os investigadores, a célula da facção é composta por, pelo menos 30 integrantes, dos quais parte da alta cúpula cumpre pena em Brasília.
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