Jornal Correio Braziliense

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Vigilante confessa parcialmente o feminicídio de Luciana, diz Polícia

Inquérito que investiga a morte de funcionária do TSE, no Sudoeste, indiciará o ex-namorado por homicídio triplamente qualificado. Este é o 33º feminicídio no Distrito Federal

A Polícia Civil concluiu o inquérito do assassinato de Luciana de Melo Ferreira, 49 anos, como feminicídio. Este é o 33; homicídio cometido por questão de gênero no Distrito Federal em 2019, conforme levantamento do Correio. A funcionária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi morta com mais de 30 facadas pelo ex-namorado, o vigilante Alan Pinto de Jesus, 45. O acusado invadiu o prédio da vítima, na QRSW 2, no Sudoeste, e a rendeu quando ela chegava em casa, na noite de 21 de dezembro. A filha da mulher encontrou o corpo dois dias depois, no apartamento onde ocorreu o crime.

Alan está preso desde 23 de dezembro, quando passou mal no trabalho e foi encaminhado ao Hospital de Base do DF. Ali, foi reconhecido e é acompanhado por escolta policial. Ele está com traumatismo cranioencefálico, além de machucados pelo corpo, possivelmente por causa da luta corporal com a vítima, de acordo com a investigação da 3; Delegacia de Polícia (Cruzeiro).

Ontem, o delegado-chefe da unidade policial, Ricardo Viana, colheu o depoimento de Alan no HBDF. A oitiva durou cerca de quatro horas. Ao Correio, o delegado limitou-se a dizer que o vigilante ;confessou parcialmente o crime.; A investigação não tinha dúvidas quanto à autoria do assassinato, pois as câmeras de vigilância do edifício de Luciana gravaram o suspeito esperando a vítima por cerca de duas horas. Quando a mulher chega, ele a ataca.

O inquérito indicia Alan por homicídio triplamente qualificado: feminicídio, pela condição de gênero da vítima; mediante emboscada; e motivo fútil, porque o acusado não aceitava o término do relacionamento. No ano passado, a Secretaria de Segurança Pública registrou 28 feminicídios no Distrito Federal.