Sarah Peres
postado em 28/12/2019 14:25
O último envolvido no latrocínio (roubo com morte) do padre Kazimerz Wojn, mais conhecido como Casemiro, foi apreendido na manhã deste sábado (28/12). Trata-se de um jovem, que à época do crime, tinha 17 anos. Atualmente, ele está com 18 anos e estava preso por tráfico de drogas no Centro de Prisão Provisória de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. O delegado Laércio Rossetto, chefe da 2; DP, explica que recebeu a informação de que o foragido poderia estar detido na cidade goiana, mas tinha fornecido dados falsos. "Fomos com uma equipe e um papiloscopista do Instituto de Identificação (II) até o local para fazermos o reconhecimento. Ele confessou que havia fornecido o nome do irmão, porque sabia que era procurado pela polícia de Brasília", disse.
Rossetto destaca que, para não ocorrer erros, o especialista do II coletou "fragmentos das impressões digitais do jovem para confrontar com o prontuário de uma identidade dele, emitida no Maranhão. Os exames bateram e não restam dúvidas que se trata do último foragido do latrocínio."
O jovem responde por ato infracional análogo ao crime de latrocínio e roubo, uma vez que cometeu o crime quando ainda era menor de 18 anos. Por ter mentido sobre a própria identidade, ele também pode ser indiciado por falsa identidade, em Luziânia.
Requintes de crueldade
O padre Casemiro foi morto durante um roubo, na noite de 21 de setembro, após finalizar uma missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, localizada na 702 Norte. Quatro homens entraram no local e aguardaram pelo religioso próximo à casa dele ; que fica no mesmo terreno da igreja. Eles renderam o sacerdote e o caseiro José Gonzaga da Costa, 39.
Os suspeitos amarraram José nas mãos e nos pés, deixando-o ao lado de fora da residência de Casemiro. O padre também ficou atado e, inclusive, teve um fio de arame preso no pescoço. Durante a ação, o grupo se irritou com o padre e, por isso, decidiu matá-lo. Segundo confirmação do laudo cadavérico produzido pelo Instituto de Medicina Legal (IML), o religioso polonês foi assassinado por asfixia. Depois, eles fugiram (veja vídeo) e o caseiro conseguiu se soltar e pedir socorro.
Em 24 de setembro, a polícia prendeu os primeiros dois acusados do crime: Alessandro de Anchieta Silva, 18, e Antônio Willyan Almeida Santos, 32. Eles foram encontrados escondidos em Valparaíso (GO). Um dia depois, dia 25, o terceiro envolvido, Daniel Souza da Cruz, 39, acabou preso em Novo Gama, em uma operação conjunta da Polícia Civil de Goiás e do Distrito Federal.