Sarah Peres
postado em 07/12/2019 18:21
[FOTO1]A análise do material genético do corpo encontrado no povoado de Campos de São João, no município de Palmeiras, na Bahia, será realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal. Neste sábado (7/12), agentes e o delegado Leandro Ritt, chefe da Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS) voltaram da viagem ao estado do Nordeste brasileiro. Eles trouxeram o material para ser entregue ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA). O resultado dos exames deve sair ainda nesta semana e confirmarão se o corpo é ou não de Bernardo.
De acordo com informações da Polícia Civil, Samuel Ferreira, diretor do IPDNA, será o responsável por comandar a equipe que realizará as análises. O material coletado será confrontado com o DNA dos pais do menino de 1 ano e 11 meses. Se ficar comprovado que se trata de Bernardo, será feito o translado do corpo para o Distrito Federal. Caso contrário, permanecerá no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itaberaba (BA).
Ainda segundo a Divicom, o exame é tratado com prioridade no IPDNA. Os especialistas trabalharão durante todo o fim de semana, com técnicas avançadas de perícia em genética forense, para que o resultado saia no menor tempo possível.
Relembre o caso
Bernardo, 1 ano e 11 meses, está desaparecido desde 29 de novembro. O pai da criança, Paulo Roberto de Caldas Osório, 45, buscou o menino, de carro, em uma creche na 906 Sul. A caminho de casa, deu um suco de uva para a criança com três pílulas de remédio de uso controlado, diluídas à bebida.
Mais tarde, Paulo mandou uma mensagem para a mãe do garoto, Tatiana da Silva Marques, 30, dizendo que seguiam rumo à casa dela, no Lago Sul. No entanto, eles estavam a caminho da Bahia. Durante a viagem, o metroviário, segundo contou em depoimento, parou na BR-020 para abastecer e percebeu que o filho estava morto e o jogou em um matagal na beira de uma estrada.
Na manhã de 2 de dezembro, agentes da DRS prenderam Paulo e ele confessou que havia matado o filho. Durante as investigações, a Polícia Civil divulgou que Paulo Osório cometeu outro crime, em 1992. Ele foi condenado por matar a própria mãe a facadas. Cumpriu 10 anos de reclusão em uma ala psiquiátrica no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), no Complexo Penitenciário da Papuda.