Jornal Correio Braziliense

Cidades

Cronologia do crime

Veja o caminho percorrido por Paulo Roberto de Caldas Osório até ser preso, segundo relato dele à polícia

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Sexta-feira, 29 de novembro
Às 17h ; O servidor público Paulo Roberto de Caldas Osório, 45 anos, busca o filho, Bernardo da Silva Marques Osório, de 1 ano e 11 meses, em uma creche da 906 Sul ; ele dirige uma caminhonete Creta preta, da Hyundai. Em seguida, o pai dá ao menino um suco de uva com remédio de uso controlado para dormir diluído.

Entre as 19h30 e as 20h ; Pai e filho chegam à casa dele, na 712 Sul ; a mãe, a advogada Tatiana da Silva Marques, 30, mora no Lago Sul. Bernardo começa a vomitar por causa da medicação, e Paulo dá banho nele. Em seguida, a criança adormece e é colocada dentro do veículo do servidor público.

Às 20h30 ; Paulo Roberto manda mensagem para a mãe do menino dizendo que eles estavam a caminho da casa dela. Entretanto, ele seguia com o menino em direção à Saída Norte, rumo à Bahia.

A partir das 22h ; O servidor público estaciona o veículo para abastecer na BR-020, quando percebe que o filho está morto. Ele checa os sinais vitais do garoto, termina de encher o tanque e segue pela rodovia com o corpo ainda no carro. Paulo Roberto dirige até encontrar uma área com vegetação densa. Ele para o veículo e joga o corpo do filho e a cadeirinha dele na rodovia. Em seguida, continua a viagem em direção à Bahia.

Sábado, 30 de novembro
Às 2h30 ; O metroviário chega a Luiz Eduardo Magalhães (BA), onde se hospeda em um hotel. Pela manhã, ele deixa o local e segue viagem até Salvador (BA), onde chega à noite.

Domingo, 1; de dezembro
Pela manhã ; Paulo Roberto decide voltar para Brasília. No trajeto de volta ao DF, ele sofre a abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ; a mãe da criança havia registrado ocorrência do desaparecimento e forneceu detalhes do veículo do ex-namorado ;, mas foge dos agentes e chega a um hotel em Alagoinhas (BA), onde se hospeda.

Segunda-feira, 2 de dezembro
Pela manhã ; Agentes da Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS), da Polícia Civil do Distrito Federal, chegam ao hotel de Alagoinhas e prendem Paulo no quarto. Ele conta aos policiais que o filho teria ficado para trás, em uma área rural, acompanhado de outra pessoa. Preso, Paulo chega a Brasília e, ao desembarcar na capital, confessa o crime aos investigadores.

Terça-feira, 3 de dezembro
Pela manhã ; O acusado vai com os policiais até onde informou ter jogado o corpo, mas nada encontram.

Quarta-feira, 4 de dezembro

Pela manhã ; Agentes da DRS, com o auxílio da Divisão de Operações Aéreas (DOA) da Polícia Civil, usam o helicóptero da corporação para fazer buscas pelo corpo de Bernardo. Os policiais percorrem uma área de 100km, entretanto, encontram nenhum sinal da criança ou da cadeirinha.

Quinta-feira, 5 de dezembro
Pela manhã ; A Polícia Civil divulga que as buscas pelo corpo de Bernardo estão suspensas. Os investigadores acreditam que Paulo mentiu sobre a localização do cadáver para perpetuar o sofrimento dos familiares.