Durante a audiência, a defesa de Paulo Roberto pediu que o suspeito respondesse ao processo em liberdade. No entanto, para o juiz Fellipe Figueiredo de Carvalho, a prisão de Paulo Roberto constitui flagrante e "mostra-se formal e materialmente" válida.
Com isso, o juiz converteu a prisão em flagrante do suspeito em preventiva. "Não há que se falar em concessão da liberdade provisória, por se mostrarem evidentes os requisitos da prisão preventiva", conclui o magistrado.
"O fato em tese ocorrido é extremamente grave. Cuida-se de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, que o autuado teria cometido contra o próprio filho, criança de 1 ano e 11 meses de idade;, argumentou o juiz.
"O fato em tese ocorrido é extremamente grave. Cuida-se de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, que o autuado teria cometido contra o próprio filho, criança de 1 ano e 11 meses de idade;, argumentou o juiz.
Sequestro e confissão
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na última sexta-feira (29/11), Paulo Roberto pegou o filho, Bernardo, de 1 ano e 11 meses, na escola. Ele deveria tê-lo entregue à mãe da criança, a advogada Tatiana da Silva Marques, no mesmo dia, mas desapareceu.Após mandar mensagens a Tatiana no domingo, afirmando que ela não veria mais o filho, agentes da Polícia Civil conseguiram prendê-lo na segunda-feira (2/12), em Alagoinhas, na Bahia. Ao ser preso, Paulo Roberto confessou ter matado o filho e abandonado o corpo em uma rodovia.
Paulo teria dado remédios para Bernardo dormir e, por isso, a criança teria morrido. Em seguida, o homem teria decidido abandonar o corpo, ao longo da estrada.
Apesar do que disse o suspeito, a polícia ainda não confirma a morte de Bernardo. Os investigadores continuam tentando localizar a criança.
Antecedente
De acordo com delegado à frente do caso, Leandro Ritt, Paulo Roberto ficou preso por 10 anos após matar a própria mãe, em 1992. Ele ficou 10 anos na ala psiquiátrica do presídio e foi colocado em liberdade. Ele é servidor da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), mas estava afastado por problemas psicológicos.
Para o juiz Fellipe Figueiredo de Carvalho, o caso é mais um fator que contribui para a medida de prisão preventiva do suspeito. "Tudo isso demonstra frieza, ousadia ímpar e extrema periculosidade, bem como a necessidade da constrição cautelar para garantia da ordem pública".