A defesa do ex-governador José Roberto Arruda impetrou um habeas corpus para questionar ;o indeferimento de questões periciais simples e necessárias para a elucidação, de uma vez por todas, das estranhezas relacionadas à escuta ambiental constante nos autos;. ;Nesse sentido, a defesa pretende ouvir o perito que elaborou o parecer que demonstra, para além de qualquer dúvida, que a gravação é editada e que o delator premiado Durval Barbosa desobedeceu à determinação judicial e utilizou equipamento particular, justamente para possibilitar essa edição;, informa nota enviada pelos advogados.
Eduardo Toledo, advogado de Leonardo Prudente, contesta as acusações de que o ex-parlamentar tenha participado do suposto esquema de mesadas para distritais. ;Não há absolutamente nada no processo e no vídeo que demonstre isso. Reconhecemos que houve uma falha ao receber R$ 25 mil em doação de campanha não registrada. Por isso, pedimos, nas alegações finais, que o caso seja remetido à Justiça Eleitoral ou que ele seja absolvido;, argumenta.
A advogada de Durval Barbosa, Margareth Almeida, rebate as acusações de que a delação feita pelo cliente seria baseada em provas frágeis e editadas. ;Depois de 10 anos, Durval acredita que trilhou o caminho certo. Todas as provas foram confirmadas por perícia, que constatou a lisura dos vídeos. Ao contrário do que se diz, não houve edição nem fraude;, alega.
Marcelo Turbay, que representa Paulo Octávio, afirma que a defesa conseguiu demonstrar os erros cometidos pela acusação e a ausência de provas que sustentem o envolvimento do empresário nos atos de corrupção. ;Em razão disso, Paulo Octávio foi absolvido na primeira ação de improbidade julgada, e a defesa tem convicção técnica de que as demais ações terão o mesmo destino;, ressalta. O Correio não conseguiu contato com a defesa de Eurides Brito.