Darcianne Diogo*
postado em 26/10/2019 07:00
[FOTO1]O Governo do Distrito Federal anunciou a construção de mais um presídio no Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião. Com o investimento de R$ 112,9 milhões, a intenção é desafogar a superlotação do sistema carcerário. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a nova unidade, cuja capacidade será de 3,2 mil internos, deve ser entregue em abril de 2020. Em consequência disso, há a expectativa ainda de que um edital de concurso seja aberto para a contratação de 1,1 mil agentes penitenciários.
O presídio vai abrigar detentos que serão transferidos de outras unidades. Ao Correio, o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, afirmou que, a princípio, serão presidiários do Centro de Detenção Provisória (CDP). ;Ainda não temos a certeza. Talvez sejam encaminhados presidiários das Penitenciárias do Distrito Federal (PDF;s). De acordo com os nossos dados, o maior problema não está nos presos provisórios, mas, sim, nos preventivos;, explicou.
A obra estava parada desde a gestão passada por impasses entre o GDF e a empresa de construção. O novo local terá 16 pavilhões, com capacidade para 200 detentos em cada um. Segundo a secretaria, todos os cômodos terão celas com banheiros, salas para atendimento médico e odontológico, acesso especial para advogados e pátios para banho de sol.
O secretário destacou ainda que, com a reforma, o índice de deficit carcerário no Distrito Federal diminuirá. ;Fizemos um estudo de monitoramento do sistema penitenciário e vimos que a carência prisional do DF é gigante. A média nacional é de 68%, e aqui, de 128%. Então, com essa reforma, conseguiremos mini-mizar esses dados;, ressaltou.
Próximo passo
Até o fim do ano, o secretário afirmou que lançará um edital para construção de mais uma penitenciária do DF, que também integrará o Complexo da Papuda. Segundo ele, o presídio alocará cerca de 800 detentos. ;Estamos em fase final de elaboração do documento. O governo federal quer pagar, tem espaço, então por que não vamos construir? Esse problema de superlotação nunca deveria ter existido na capital. É um local em que o Estado tem de ter um olhar constante, tanto para a estrutura física, quanto para os funcionários;, frisou.
*Estagiárias sob supervisão de Fernando Jordão