[FOTO1] Uma mulher de 21 anos, moradora do P Norte, denunciou o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) por suposto erro médico. No início do mês, a jovem deu à luz um menino na unidade de saúde. Nesta semana, no entanto, ela descobriu um bolo de gazes esquecidas no próprio útero. A paciente recorreu à 15; Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), onde registrou um boletim de ocorrência contra a maternidade do HRC.
A jovem, que trabalha como comerciária, teve o bebê por parto normal, em 1; de outubro. No dia seguinte, a paciente e a criança receberam alta médica. Alguns dias depois, ela relatou à família que sentia cólicas, mas, por se tratar do primeiro filho, acreditou que seria uma sensação normal.
Na segunda-feira (21/10), enquanto ia ao banheiro, ela percebeu que havia uma linha saindo do canal vaginal. Ao puxá-la, a jovem encontrou um bolo de gazes de coloração preta, devido ao tempo de absorção do sangue. Nesta terça-feira (22/10), a comerciária esteve no Centro de Saúde n; 3 de Ceilândia Sul para saber se havia outros itens "deixados" no abdômen dela. Depois de ser liberada, a paciente se dirigiu à 15; DP, onde registrou ocorrência. Apesar do trauma, mãe e filho passam bem.
Apuração
Para o pai da jovem, Jonas Marques, 47, o caso representou negligência. ;Se fosse uma cesariana, poderia dar uma infecção. O marido estava com ela, mas ninguém desconfiou. Ficamos assustados com uma situação dessas;, comentou. ;Ainda queremos saber qual é o motivo para fazerem isso. É um erro que não se pode cometer. Custa a vida de uma pessoa.;
Jonas também fez menção a casos semelhantes: ;Vi várias reportagens em que isso acontece. O filho vai para casa e a mãe fica no hospital. A gente nunca imagina que isso possa acontecer conosco. Nossas vidas estão nas mãos da equipe de saúde. Depois que deitamos na maca, não pode ter uma falha dessas;, criticou o pai da paciente.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou que a direção do HRC lamenta o ocorrido e se coloca "à disposição da paciente e seus familiares;. A pasta também comunicou que o fato "está sendo apurado administrativamente". "O parto da paciente não teve intercorrência e, no dia posterior, mãe e bebê tiveram alta", completa o texto.
A linha de investigação do caso ainda será definida pela Polícia Civil. A vítima foi encaminhada para exames no Instituto de Medicina Legal (IML) e o caso será apurado pela 15; DP.