Ceilândia vai ganhar uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um novo hospital regional. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) durante a inauguração da Praça dos Direitos, na QNN 13, em Ceilândia Norte, ontem. Ele assegurou que em, no máximo, 15 dias, o Governo do Distrito Federal lançará o edital de licitação para a construção da UPA. O chefe do Executivo local afirmou que a medida vem para amenizar a situação que a população da cidade tem enfrentado na saúde pública. O projeto do novo hospital está em fase final. O documento está sendo elaborado com base na planta do Hospital de Santa Maria, com adaptações para as necessidades dos moradores de Ceilândia.
A publicação do resultado da licitação será em 2020. ;O hospital daqui é um dos mais antigos, tem uma série de problemas. Então, a ideia é construir um novo hospital e, depois, fazer a recuperação do hospital anterior como um todo. O projeto está em fase de conclusão na Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital), em parceria com a Secretaria de Saúde;, disse o emedebista. Além disso, Ibaneis anunciou que amanhã serão contratados mais de 106 médicos para compor as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Ele vê o recrutamento de pessoal como uma das principais medidas para melhorar a atenção básica no DF de forma rápida.
Avanços
Na quinta-feira, durante evento no Hospital de Santa Maria, o governador falou sobre problemas na saúde e criticou as gestões anteriores do GDF e afirmou que precisa de tempo para corrigir todos os problemas da área. ;Não se corrige erro de 12 anos da noite para o dia. Infelizmente, a população do DF errou e feio nas duas eleições anteriores. Isso colocou a cidade no caos financeiro e social que Brasília passou;, disse.
Ele ressaltou que a saúde é uma das áreas mais sensíveis do DF e que a atual gestão está conseguindo, aos poucos, colocar o setor na direção certa. ;Esse trabalho que a gente vem desenvolvendo na saúde é um trabalho sério, dedicado. São inúmeras reuniões de dia, de tarde, de noite, a todas as horas. Nós sabemos o que nós recebemos na saúde do Distrito Federal.;
Geração de emprego
Ontem, Ibaneis também falou sobre a geração de empregos na capital. Segundo ele, o DF vai terminar 2019 com mais de 80 mil novos postos de trabalho. O governador ressaltou que, em meio a crises, é preciso criar e o GDF tem sido criativo economizando e ao priorizar obras de impacto social. ;Iniciamos o governo em um período em que as pessoas estavam sem esperança. Nem projetos o governo tinha. Vamos fechar o ano com mais de 200 licitações de obras públicas. O empresariado está voltando a empregar, as lojas estão reabrindo. Estamos mudando pouco a pouco, mas em uma velocidade que não se esperava;, destacou.
As declarações sobre saúde e emprego foram feitas durante a inauguração da Praça dos Direitos na QNN 13, próximo à Biblioteca Pública de Ceilândia. O evento foi realizado em parceria com a Secretaria de Justiça (Sekis), por meio do projeto Sejus Mais Perto do Cidadão. Ceilândia é a oitava cidade a receber o programa, que passou por Candangolândia, Recanto das Emas, Paranoá, Brazlândia, Planaltina, São Sebastião e Estrutural. A iniciativa atendeu mais de 40 mil pessoas. A próxima região beneficiada será o Itapoã. A programação do evento conta com prestação de serviços e ações gratuitas, como consulta oftalmológica, dentista para as crianças, aferição de pressão arterial e glicemia, corte de cabelo e escova progressiva. Em Ceilândia, a ação continua hoje.
Carência gritante
Logo no início do mandato, Ibaneis declarou situação de emergência na saúde pública. Os hospitais passaram a orientar que, em casos menos urgentes, que não sejam de vida ou morte, os pacientes procurem as unidades básicas de saúde. A situação de internação já era crítica no início da gestão Ibaneis. Segundo o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil (Cnes) e o Confelho Federal de Medicina (CFM), o número de leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) na capital federal diminuiu ao longo do tempo. Em 2010, havia 4.866 leitos disponíveis para internação; no ano passado, o número era de 4.202. Ou seja, 664 leitos foram fechados, a maior parte (284) era de leitos pediátricos. Com a alta do desemprego, a saúde pública do DF passou a ter cada vez mais usuários. Ao menos 63,5% da população do DF depende exclusivamente do sistema público, por não ter acesso a plano de saúde, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2018.
Carência gritante
Logo no início do mandato, Ibaneis declarou situação de emergência na saúde pública. Os hospitais passaram a orientar que, em casos menos urgentes, que não sejam de vida ou morte, os pacientes procurem as unidades básicas de saúde. A situação de internação já era crítica no início da gestão Ibaneis. Segundo o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil (Cnes) e o Confelho Federal de Medicina (CFM), o número de leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) na capital federal diminuiu ao longo do tempo. Em 2010, havia 4.866 leitos disponíveis para internação; no ano passado, o número era de 4.202. Ou seja, 664 leitos foram fechados, a maior parte (284) era de leitos pediátricos. Com a alta do desemprego, a saúde pública do DF passou a ter cada vez mais usuários. Ao menos 63,5% da população do DF depende exclusivamente do sistema público, por não ter acesso a plano de saúde, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2018.