Cidades

Justiça aumenta pena de envolvidos no esquema da Kriptacoin

Seis réus tiveram a pena acrescida e outro, que havia sido absolvido em primeira instância, foi condenado a 10 anos de prisão

Bruna Lima
postado em 09/10/2019 19:15

A Operação Patrick, da PCDF, desarticulou o esquema criminoso em setembro de 2017 Oito envolvidos no esquema criminoso que criou e comercializou a moeda virtual Kriptacoin tiveram alteração nas sentenças, após o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entrar com recurso. Os réus foram condenados por crime contra a economia popular, ocultação de bens, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Líder do esquema, Weverton Viana, teve a pena aumentada em quase quatro anos e terá que cumprir 15 anos e 2 meses de prisão. Outros envolvidos também tiveram aumento da pena: Welbert Richard terá de cumprir 5 anos e 2 meses; Fernando Ewerton César da Silva, 5 anos e 7 meses; Urandy João de Oliveira, 10 anos e 4 meses; Hildegarde Nascimento de Melo, 4 anos e 9 meses; e Paulo Henrique Alves Rodrigues, 9 anos.

Um dos suspeitos, que em primeira instância havia sido absolvido, entrou para o rol de condenados por decisão da 2; Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Marcos Kazu foi sentenciado a 10 anos, 4 meses e 24 dias de reclusão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

[SAIBAMAIS]Por outro lado, a ré Thaynara Cristina Oliveira, condenada em primeira instância, foi absolvida devido à insuficiência de provas com relação à prática do crime de organização criminosa.

Além das condenações, o magistrado determinou que os dados dos réus fossem incluídos no Cadastro Nacional de Condenados por Ato de Improbidade Administrativa e por Ato que Implique Inelegibilidade (CNCIAI), do Conselho Nacional de Justiça.

Relembre o esquema

Em 21 de setembro de 2017, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o Ministério Público (MPDFT) deflagraram a Operação Patrick, por meio da qual desarticularam a quadrilha responsável por comercializar as moedas virtuais. Os envolvidos ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais e transitavam pela cidade em veículos importados, com o objetivo de atrair novos clientes.

Com a promessa de oferecer lucros de até 1% ao dia, os líderes do esquema ludibriavam investidores interessados na moeda virtual e tentavam captar novos clientes para o negócio. As atividades da empresa de fachada que vendia as moedas tiveram início em janeiro de 2017.

A organização criminosa por trás da fraude chegou a conseguir R$ 5 milhões. Os consumidores eram lesados ao investirem recursos no negócio e, à medida que a pirâmide aumentava, os compradores deixavam de receber o dinheiro investido.

Em abril de 2018, 13 pessoas foram condenadas pelos crimes contra a economia popular, ocultação de bens, falsidade ideológica e organização criminosa. As penas variaram de 3 a 11 anos de prisão.

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