Cerca de 80 produtores rurais e artesãos do Distrito Federal vão se reunir amanhã na Asa Norte para a 4; edição do Eixão Agro. O evento ocorre entre as quadras 208 e 209 Norte, das 8h às 16h. O objetivo é levar os produtos da área rural do DF para o Plano Piloto, ligando diretamente os profissionais do campo aos consumidores da zona urbana da capital.
Quem for ao evento vai poder conferir, por exemplo, os licores artesanais do produtor Antônio Costa, 72 anos, morador de Sobradinho. Seu Antônio vai estrear no Eixão Agro e está otimista. ;É a primeira vez que eu vou participar, então estou cheio de expectativas. Em termos financeiros, estimo um faturamento em torno de R$ 1,5 mil;, afirma. O produtor adianta que os consumidores terão à disposição 10 sabores diferentes de licor. Entre eles, cagaita, jenipapo e pequi.
Já a artesã Iraci de Melo, 61, moradora da zona rural de Sobradinho, vai levar os tapetes produzidos por ela. Iraci está envolvida com a tecelagem desde 1982 e esta será a segunda vez que ela participa do Eixão Agro. ;É um evento muito bom. Participei da edição passada e consegui pegar muita encomenda. É uma ótima oportunidade de divulgar o nosso trabalho;, celebra.
Promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF), o evento deve atrair cerca de 30 mil pessoas, segundo a organização. ;O público pode esperar produtos vindos do sítio, da fazenda e da chácara na cidade, com a qualidade e garantia que cada produto tem para mostrar;, diz o vice-presidente da Fape, Rogério Tokarski. Este ano, o Eixão Agro vai contar com a participação de produtores de orgânicos e hortifrútis tradicionais. Os visitantes também poderão encontrar alimentos prontos, bebidas, plantas, flores, artesanato e ofertas de turismo rural.
Para o superintendente federal de Agricultura no DF, William Barbosa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a iniciativa é uma ótima oportunidade para mostrar a riqueza e diversidade da produção local. ;O Distrito Federal tem uma agricultura sustentável, economicamente correta, de grandes índices de produtividade e qualidade. É fundamental a gente mostrar para esse público isso e motivá-lo a consumir um bom produto, produzido aqui dentro, que vai estimular a economia local;, destaca.
Oportunidade de mercado
O Eixão Agro também é uma forma de os produtores expandirem seus negócios. Tokarski lembra que ;quem não é visto não é lembrado; e eventos como o Eixão Agro são uma caminho para conquistar novos clientes. Os produtores Adalberto Prieto, 61, e Sandra Margraci Teles, 62, vão aproveitar para expor o novo produto da família. Produtores de conserva, eles decidiram, neste ano, apostar no artesanato voltado para o mundo pet. ;Eu trabalho com agroindústria, com a parte de conserva em geral, mas o meu marido se aposentou e estamos passando para o mercado pet. Vamos levar caminhas e roupas de cama;, diz Sandra.
As camas são produzidas manualmente, com material reciclado. Para Adalberto, as mercadorias são um meio de ajudar o meio ambiente e aumentar a renda da família. ;Quando a gente trabalhava com as conservas no evento, muitas pessoas passavam com os cachorros e perguntavam se não tinha nenhum produto para pets;, lembra o produtor.
Parcerias
O EixãoAgro conta ainda com diversas parcerias. A empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Superintendência Federal de Agricultura no Distrito Federal (SFA/DF), estarão com um estande com informações, material explicativo e quitanda com produtos. Além deles, o evento também tem parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; com a Ceasa; e com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Programe-se
O que: Eixão Agro
Quando: Domingo (6/10), das 8h às 16h
Onde: Eixão Norte, entre a 208
e a 209 Norte
Entrada franca
Agricultura no DF
O setor agrícola emprega cerca de 30 mil pessoas no Distrito Federal, com um Valor Bruto da Produção (VBP) de cerca de R$ 2,5 bilhões, segundo a Fape-DF.