O projeto está em discussão nas secretarias de Educação e de Ciência e Tecnologia, a pedido do governador, e deve ser elaborado nos próximos meses. A intenção é que seja feito um programa de testes durante as férias escolares. Com isso, a proposta poderia entrar em funcionamento no início do ano letivo.
A princípio, alunos do ensino médio devem ser atendidos pelo projeto. O DF conta, segundo dados do Censo Escolar de 2018, com 79,7 mil estudantes matriculados nos três períodos. De acordo com Ibaneis, a proposta pode ampliar horizontes dos jovens para novas oportunidades. ;É uma forma de despertar o interesse dos jovens para o mundo tecnológico, criar neles a vontade de abrir uma startup, por exemplo, porque hoje em dia fazer faculdade não é garantia de nada;, disse.
Relatórios serão produzidos pela Secretaria de Educação com dados que mostrem o período que cada aluno utilizou o equipamento e quais atividades acessou. Para isso, os tablets serão monitorados pela pasta. O projeto prevê que o contraturno possa ser uma espécie de reforço escolar, com revisão de conteúdos trabalhados, além do estudo de línguas, como inglês, espanhol e francês.
Nos últimos dias, Ibaneis se reuniu com o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, e o subsecretário de Ciência e Tecnologia, Gustavo Álvares, para tratar do assunto. Também participam das discussões sobre o projeto representantes da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP), do Parque Tecnológico de Brasília (BioTIC) e do Banco de Brasília (BRB).
Financiamento
Recentemente, Ibaneis também se reuniu com o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Rodrigo Sérgio Dias, para pedir apoio do órgão para financiar o projeto de contraturno digital, além de outras iniciativas voltadas para a educação do DF. A partir do encontro, ficou definido que o GDF e o governo federal criarão um grupo de trabalho para discutir a elaboração de projetos que possam ser financiados com recursos do FNDE.
Uma das ideias de Ibaneis, além do contraturno, é criar um cartão-creche para que pais possam matricular os alunos em instituições privadas. O crédito seria de cerca de R$ 800 mensais. Assim, o GDF poderia suprir a demanda por vagas em creches e, segundo o governador, economizar.
Também está nos planos a criação de um cartão-esporte, aos moldes do projeto para compra de material escolar, para alunos da rede pública. Os pais poderão usar os créditos para pagar academias, aulas de natação ou outros esportes. Os estudos de viabilidade do projeto serão feitos pelo BRB.