De acordo os investigadores, os atos libidinosos aconteciam dentro da casa da família e foi a criança que contou à mãe que sofria a agressão. O padrasto aproveitava alguns momentos de ausência da esposa para praticar os abusos.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do município. O homem está preso no presídio de Valparaíso de Goiás temporariamente, até a decisão judicial.
Violência contra crianças
Segundo dados da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, a é uma das maiores causas de atendimento a crianças e adolescentes, de 0 a 13 anos, atendidas nas unidades de saúde do país.
O levantamento revela que o estupro ocorre na casa da vítima em 58% dos casos. Entre aqueles com 10 a 19 anos, a violência sexual é igualmente a mais sofrida, predominantemente contra as meninas. Os agressores são na maior parte os próprios pais, padrastos, familiares, namorados ou pessoas conhecidas das vítimas.
Dados mundiais se assemelham aos do Brasil, 90% das adolescentes de diversas nacionalidades, vítimas de violência sexual, denunciam que o autor da primeira violação era alguém próximo ou conhecido. No entanto, apenas 1% delas procura ajuda profissional após o estupro pelo medo da rejeição social e familiar, e pelas ameaças sofridas pelo agressor.
Atualmente a pena para quem pratica abuso sexual no Brasil é de 6 a 10 anos de reclusão, aumentando para 8 a 12 anos se há lesão corporal da vítima ou se a vítima possui entre 14 a 18 anos de idade, e para 12 a 30 anos, se a conduta resulta em morte.