[SAIBAMAIS]Segundo a arquiteta, ela só soube do crime no dia 31 de agosto de 2009, três dias depois dos assassinatos. Quem encontrou os corpos foi a filha Carolina que estava preocupada com a falta de notícias dos avós e pediu a um chaveiro que abrisse o apartamento. ;Eu estava na calçada, atrás do prédio, e Carolina veio para perto de mim e disse: ;Eles estão lá e estão todos mortos;. Quis subir para ver minha mãe e fui impedida, não lembro por quem;, relatou no Tribunal.
Rebatendo o depoimento de um policial que esteve na cena do crime na época, que relatou uma frieza da ré, ela disse que tentou manter a calma devido ao ensinamento dos pais. ;Aprendi com meus ele que, em momentos de emergência, primeiro resolvemos as coisas, depois a gente desmorona. Sempre fiz isso, até quando meu marido morreu em um acidente de moto. Vi minha filha desesperada, pensei ;sou a pessoa mais velha dessa família e preciso cuidar de todos nós, como minha mãe sempre fez;. Tentei ligar imediatamente para meu irmão, o telefone não atendia. Ele me mandou mensagem dizendo que estava em uma reunião e depois retornaria;, disse.
Adriana contou ainda que só soube da brutalidade do crime que vitimou os pais e a empregada do casal no dia do enterro, ao ler a notícia do Correio. Ela ainda criticou atitudes da delegada aposentada Mabel Alves de Faria. ;Ela mostrou fotos dos corpos na Corvida, imagens que me atormentaram durante muito tempo. Eu fechava os olhos para dormir e aquela cena vinha à minha cabeça. Ainda perguntei para a delegada se facada doía. Ela disse que sim;. A expectativa é de que o depoimento da arquiteta termine na tarde desta terça. Após este momento, haverá um debate entre Ministério Público e defesa, para, então, o júri chegar a um veredito.