Em seguida, têm início os debates entre advogados e promotores para só então os jurados darem o veredito. Novamente, Adriana evitou falar com a imprensa, mas Kakay se pronunciou. ;Hoje é um dia muito importante porque Adriana vai falar. Ela foi massacrada durante todo esse tempo de uma forma cruel e injusta, sem nenhum fiapo de prova contra ela;, afirmou.
Segundo ele, Adriana está preparada para falar há 10 anos. ;Ela tem uma espiritualidade muito grande;, acrescentou. O julgamento já é o mais longo da história do Distrito Federal e soma mais de 85 horas. Com capacidade para 224 pessoas, o plenário já se encontrava lotado antes mesmo do início do depoimento.
Às 9h30, Adriana se sentou no banco dos réus e, apesar de ter declarado responder a todas as perguntas, Kakay declarou que ela irá responder apenas os questionamentos dos jurados e advogados. Diante disso, o procurador de Justiça do Ministério Público, Maurício Miranda pediu questão de ordem. ;Vamos questionar não o direito de silêncio, mas o direito de silêncio parcial.;
Emocionada, ela iniciou o depoimento falando sobre o relacionamento com os pais. ;Eles sempre me apoiaram.; Segundo ela, quando precisava de dinheiro, eles davam. ;Eu nunca me inteirei muito da vida financeira dos meus pais porque na minha casa eu aprendi que o quanto a pessoa ganha, não é assunto dos outros.;
Ela disse ainda ter sido ;vexaminoso; responder por vezes quanto ganhava de mesada. ;Mas eu entendi que quem é acusada não tem privacidade.; Adriana recebia dos pais mensalmente R$ 8,5 mil. ;Nossa família era normal, mas muito amorosa. Não era uma família diferente das outras, mas era especial. Eu sou muito grata.;
Lembre o caso
Adriana Villela é acusada de mandar assassinar os pais, o ex-ministro do TSE José Guilherme Villela e a advogada Maria Villela, além da empregada da família Francisca Nascimento Silva. Os três foram esfaqueados dentro do apartamento dos idosos no que ficou conhecido como Crime da 113 Sul.