O julgamento contabiliza mais de 80 horas e é o mais longo registrado na história do Distrito Federal, segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Nesta terça, defesa e acusação apresentaram material contido nos autos, como depoimento dos três condenados, áudio de testemunhas e cartas precatórias de pessoas que não puderam comparecer ao júri.
Os promotores do Ministério Público decidiram exibir um vídeo onde Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio da 113 Sul e um dos três condenados pelos assassinatos, participa da reconstituição do dia do crime com agentes da Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida), divisão à frente do caso na época.
[SAIBAMAIS]As imagens exibem Leonardo circulando pela Asa Sul e mostrando a rota que percorreu com os comparsas para assassinar a família Villela. Em um momento do vídeo, ele aponta a parada de ônibus onde supostamente encontrou Adriana, que teria entregado o pagamento para o trio, um total de 27 mil dólares.
Mesmo com o vídeo, a defesa de Adriana ressalta que as acusações de Leonardo são inconsistentes. ;Ele prestou 16 depoimentos. No primeiro, deu detalhes da cena do crime. Não temos nenhuma preocupação. Temos uma prova cabal de onde Adriana esteve no dia do crime;, ressaltou um dos advogados da ré, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.
Entenda o caso
Adriana Villela é suspeita de ordenar o assassinato dos próprios pais, o ex-ministro José Guilherme Villela e a advogada Maria Villela, além de Francisca, que trabalhava com a família havia 30 anos. Em 28 de agosto de 2009, os três foram esfaqueados até a morte no que ficou conhecido como crime da 113 Sul.