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Testemunha diz que Adriana Villela estava em seminário no dia do crime

O sexto dia de julgamento começou por volta das 9h30 deste sábado (28/9). Nove testemunhas devem prestar depoimento

No sexto dia de julgamento de Adriana Villela, nove testemunhas de defesa devem ir ao plenário do Tribunal do Júri. A sessão começou por volta das 9h30 deste sábado (28/9). A primeira pessoa a ser interrogada é Francisco das Chagas Leitão, amigo de faculdade da acusada. De acordo com ele, no dia do crime, a ré assistia a um seminário no Instituto Cervantes, na Asa Sul.

Ao júri, Francisco contou que em 28 de agosto de 2009, dia do triplo assassinato na 113 Sul, ele encontrou Adriana diversas vezes no local onde era apresentado o seminário. ;Nos encontramos no hall do Cervantes, que estava tendo uma exposição de fotografia. Saí outras vezes para fumar e todas as vezes foi possível manter o contato visual com Adriana;, detalhou a testemunha.

De acordo com Francisco, ele chegou ao seminário por volta das 14h e foi embora no início da noite. ;Minha precipitação foi de que Adriana esteve lá o dia todo, inclusive na hora que fui embora;, disse. Apesar de não saber informar o horário que deixou o seminário, ele disse que já era noite.

O depoimento de Francisco, segundo a defesa, contesta a versão da acusação, de que Adriana teria passado em uma parada de ônibus no dia do crime para entregar o dinheiro para os condenados pelo assassinato Leonardo Campos Alves, Francisco Mairlon e Paulo Cardoso Santana.

Um dos defensores de Adriana, Marcelo Turbay, ressalta que provará que a ré nunca esteve na cena do crime no dia dos assassinatos. ;Hoje, é um dia hiper importante para a defesa. Vamos provar o álibi de Adriana. Traremos testemunhas que mostram onde ela esteve à tarde e acabar com toda essa farsa;, frisou.

Na avaliação do Ministério Público, o julgamento está favorável à acusação. ;Nossa avaliação é excelente. A prova tem sido mostrada. Nossa expectativa é de que Adriana seja condenada;, informou o promotor Marcelo Leite.

Sexto dia de julgamento

Entre as nove testemunhas que devem prestar depoimento neste sábado, uma das mais esperadas é André Vitor Espírito Santo, delegado aposentado da Polícia Civil. Segundo a acusação, ele teria fornecido informações privilegiadas sobre a investigação para Adriana na época do crime.

Em contrapartida, os defensores garantem que André apenas teria informado para a família o que estava acontecendo sobre a morte dos pais. ;Isso é absolutamente natural. O MP quer transformar isso em informações estranhas. Mas a polícia não comunicar os filhos e os netos sobre as mortes dos pais que seria estranho;, disse.

Entenda o caso

Adriana Villela é suspeita de ordenar o assassinato dos próprios pais, o ex-ministro José Guilherme Villela e a advogada Maria Villela, além de Francisca, que trabalhava com a família havia 30 anos. Em 28 de agosto de 2009, os três foram esfaqueados até a morte no que ficou conhecido como crime da 113 Sul.

Após 10 anos, ela encara júri popular. Desde segunda-feira (23/9), uma série de pessoas ligadas ao caso têm dado depoimento. Até o terceiro dia, sete testemunhas de acusação e uma de defesa foram ouvidas.