Ao júri, Francisco contou que em 28 de agosto de 2009, dia do triplo assassinato na 113 Sul, ele encontrou Adriana diversas vezes no local onde era apresentado o seminário. ;Nos encontramos no hall do Cervantes, que estava tendo uma exposição de fotografia. Saí outras vezes para fumar e todas as vezes foi possível manter o contato visual com Adriana;, detalhou a testemunha.
De acordo com Francisco, ele chegou ao seminário por volta das 14h e foi embora no início da noite. ;Minha precipitação foi de que Adriana esteve lá o dia todo, inclusive na hora que fui embora;, disse. Apesar de não saber informar o horário que deixou o seminário, ele disse que já era noite.
O depoimento de Francisco, segundo a defesa, contesta a versão da acusação, de que Adriana teria passado em uma parada de ônibus no dia do crime para entregar o dinheiro para os condenados pelo assassinato Leonardo Campos Alves, Francisco Mairlon e Paulo Cardoso Santana.
Um dos defensores de Adriana, Marcelo Turbay, ressalta que provará que a ré nunca esteve na cena do crime no dia dos assassinatos. ;Hoje, é um dia hiper importante para a defesa. Vamos provar o álibi de Adriana. Traremos testemunhas que mostram onde ela esteve à tarde e acabar com toda essa farsa;, frisou.
Na avaliação do Ministério Público, o julgamento está favorável à acusação. ;Nossa avaliação é excelente. A prova tem sido mostrada. Nossa expectativa é de que Adriana seja condenada;, informou o promotor Marcelo Leite.
Sexto dia de julgamento
Entre as nove testemunhas que devem prestar depoimento neste sábado, uma das mais esperadas é André Vitor Espírito Santo, delegado aposentado da Polícia Civil. Segundo a acusação, ele teria fornecido informações privilegiadas sobre a investigação para Adriana na época do crime.Em contrapartida, os defensores garantem que André apenas teria informado para a família o que estava acontecendo sobre a morte dos pais. ;Isso é absolutamente natural. O MP quer transformar isso em informações estranhas. Mas a polícia não comunicar os filhos e os netos sobre as mortes dos pais que seria estranho;, disse.
Entenda o caso
Após 10 anos, ela encara júri popular. Desde segunda-feira (23/9), uma série de pessoas ligadas ao caso têm dado depoimento. Até o terceiro dia, sete testemunhas de acusação e uma de defesa foram ouvidas.