O depoimento de Enio emocionou a ré. Adriana chorou quando a testemunha lembrou do irmão. "O contato com ela foi muito frequente depois que meu irmão faleceu, na época em que Adriana estava grávida, esperando a Carolina. Ela tinha uma preocupação em preservar a memória dele, foi muito amorosa", disse a testemunha. Enio também chorou com as lembranças.
A testemunha ouvida nesta manhã não morava em Brasília na época do triplo assassinato e disse que seus conhecimentos sobre o crime da 113 Sul eram apenas o que ele ouviu de pessoas próximas. O teor dos depoimentos foi embasado na relação de Adriana com familiares e amigos.
Na quarta-feira (25/9), uma carta agressiva da arquiteta para a mãe, escrita em 2006, foi lida pelo Ministério Público. Na manhã desta quinta-feira (26/9), a defesa mencionou a referida carta e argumentou que houve outras, cujo teor demonstravam o carinho da arquiteta pelos pais. "O MP não considerou dezenas de cartas e e-mails que estão nos autos, absolutamente amorosos, após essa carta. Isso é deslealdade. Simplesmente desprezar mais de 80 cartas carinhosas que demonstrava o amor de Adriana pelos pais", disse Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
O Ministério Público também se manifestou, por meio do promotor Marcelo Leite Borges. "A carta deixa claro a questão da discussão, das brigas entre mãe e filha por questões financeiras, que é justamente o que entendemos como motivo do crime. Essa carta foi apreendida no escritório de dona Maria Villela ainda pela 1; DP. Ali fica claro que o motivo da discussão é financeiro", explicou.