A polícia identificou que os grupos burlavam a fiscalização tributária para sonegar impostos, por meio de omissão de informações. Eles emitiam declarações falsas e utilizavam documentos falsificados. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), os criminosos descontituíam empresas ;estouradas; e, em seguida, abriam novos empreendimentos por meio de ;laranjas;, a fim de dar continuidade às atividades e manter o patrimônio. A PCDF apurou que os criminosos agiam desde 2013.
De acordo com a investigação, o esquema causa grave prejuízo também a outras empresas, tanto é, que há 116 ações cíveis que tramitam na justiça do DF contra o grupo. A Primeira Vara Criminal de Brasília expediu 17 mandados de busca e apreensão, em residências e empresas dos líderes e de proprietários da rede empresarial e dos executores e beneficiários do esquema, situadas no Distrito Federal e em Goiânia (GO). Além dos crimes fiscais, os criminosos também são investigados por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
"Eles tinham uma empresa e essa organização ficava inviável por conta do débito de impostos. Então, eles constituiam um novo empreendimento utilizando laranjas para continuarem trabalhando. Os suspeitos faziam isso sucessivamente para evitar a cobrança de tributos", detalhou o delegado Wenderson Teles, responsável pela investigação.
A Operação Crassus é coordenada pela Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dicot) e conta com o apoio da Secretaria de Economia do DF.