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CBMDF afirma que Marizelli recebeu descarga elétrica antes de falecer

Corporação divulgou nota de esclarecimento. Ressaltou, porém, que apenas um laudo médico poderá indicar os fatores determinantes para a morte da bombeira

O Corpo de Bombeiros do DF divulgou, nesta quarta-feira (18/9), uma nota de esclarecimento em que afirma que a soldado Marizelli Armelinda Dias, 31 anos, sofreu uma descarga elétrica antes de falecer no domingo (15/9). A bombeira morreu depois de ser atingida por uma árvore e por fios de alta tensão. Contudo, não havia, até o momento, a confirmação de que ela havia recebido uma descarga elétrica.

Segundo a corporação, a rede operava em 13,4 mil volts, mas não foi possível precisar qual a voltagem da descarga elétrica que atingiu Marizelli, tampouco a duração do choque. Após a queda da árvore, a equipe que estava no local solicitou apoio da Companhia Energética de Brasília (CEB), uma vez que havia risco de eletrocussão para quem se aproximasse.
"Diante dessas condições, a orientação é supor que o local esteja energizado. Ter outros militares feridos pioraria um quadro já ruim", diz o CBMDF. "Não temos como informar o tempo de resposta para a chegada da CEB ao local, porém não acreditamos ter sido excessivo", acrescenta a corporação.

Os sinais vitais de Marizelli foram restabelecidos no local do acidente. Depois, a vítima foi transportada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde passou por exames e apresentou outras paradas cardíacas que foram revertidas. A equipe médica declarou o óbito por volta das 17h.
Ainda conforme os bombeiros, a morte da militar decorreu de um quadro de múltiplas fraturas e sucessivas paradas cardíacas devido às lesões sofridas. "Apenas um laudo médico poderá indicar exatamente quais os fatores determinantes para que se tenha, infelizmente, chegado a essa condição fatal", afirma o CBMDF na nota.

A corporação destaca que a segurança dos militares é prioridade, que a equipe avaliou os risco e maneira de minimizá-los na operação e que Marizelli usava todos os equipamentos de proteção no momento do acidente. ;Neste evento fatídico, todas as medidas foram tomadas, porém a definição se uma, entre centenas de árvores poderia ou não cair seria extremamente complexa e inviável de ser feita. Diante da improbabilidade de algo assim ocorrer, as guarnições optaram pelo combate as chamas.;

Por fim, o CBMDF diz que "instaurará um procedimento administrativo para elucidar todas as circunstâncias nas quais esse acidente ocorreu e suas consequências" e que a soldado Marizelli será promovida a graduação de Cabo por ter falecido durante missão.

Relembre o caso

A bombeira Marizelli Armelinda Dias foi atingida por uma árvore e por um fio de alta tensão, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 17h do último domingo (15/9). Integrada à corporação em 2018, Marizelli, 31 anos, trabalhava no combate a um incêndio em uma mata na QNL 02, em Taguatinga, de manhã.

*Estagiária sob supervisão de Fernando Jordão