Jéssica Eufrásio
postado em 17/09/2019 12:29
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e a Secretaria de Economia divulgaram, na manhã desta terça-feira (17/9), os índices do segundo trimestre de 2019 em relação às contas públicas e a conjuntura econômica do Distrito Federal. Os dados levam em conta o Índice de Desempenho Econômico do Distrito Federal (Idecon-DF) e mostraram crescimento de 1,7% em comparação ao mesmo período de 2018. O resultado supera o aumento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrado no segundo trimestre deste ano.
Os números revelam um cenário favorável e de crescimento ainda em ritmo lento. Os setores com maior destaque foram: agropecuária, com variação positiva de 2,8%; serviços (1,8%); e indústria (0,9%) em relação aos primeiros três meses do ano. A construção civil apresentou o primeiro resultado positivo desde o início da crise, em 2013. Ainda segundo o levantamento divulgado pela Codeplan, as taxas de inadimplência caíram nos últimos três meses.
O comércio mostrou recuperação no primeiro semestre e a inflação, apesar de maior em relação ao mesmo período de 2018, ficou em 3,36% em agosto, abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central e com variação menor que a registrada no país.
Houve, ainda, expansão do saldo de crédito a pessoas físicas nos dois primeiros semestres, fator que influencia no consumo das famílias, e, na direção contrária, diminuição no crédito para pessoas jurídicas e retração nas exportações do DF, com destaque para as áreas de baixa tecnologia e cultura de soja.
Houve, ainda, expansão do saldo de crédito a pessoas físicas nos dois primeiros semestres, fator que influencia no consumo das famílias, e, na direção contrária, diminuição no crédito para pessoas jurídicas e retração nas exportações do DF, com destaque para as áreas de baixa tecnologia e cultura de soja.
Para o diretor de estudos e pesquisas socioeconômicas da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz, se o crescimento econômico permanecer próximo dos 2%, a projeção é de que o DF se recupere entre 2020 e 2021. ;A crise foi menos forte aqui que no país. O que preocupa é a velocidade dessa recuperação. Tivemos uma crise muito forte e a melhora está sendo lenta. Esse (momento) é de sinal de luz amarela, mas estamos tendo recuperação;, avalia.
Desemprego
O índice de desemprego apresentou resultados favoráveis no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano. A taxa caiu de 18,7% para 18%. Com destaque para os setores de construção, educação, alojamento e alimentação, 51 mil pessoas entraram no mercado de trabalho formal em julho, se comparado com o mesmo período do ano passado. Ainda assim, a tendência é de que o índice de desemprego continue em níveis elevados, terminando em 17,7% no ano. As compras de fim de ano, no entanto, devem movimentar o comércio, cuja expectativa é de incremento de 3,4%. Ainda assim, a inflação deve ficar acima dos 3,06% de 2018, fechando o ano em 3,76% no DF.
Ainda segundo Bruno de Oliveira, o DF ainda conta com um número alto de pessoas desempregadas. ;Diante da recessão que tivemos, é um sinal positivo, mas temos um contingente de desempregados muito alto e um nível de taxa de desemprego alto também. A trajetória é de queda, mas é de queda lenta;, afirmou o diretor. ;A projeção é de queda até o fim do ano, com crescimento do comércio. Tudo é motivado pela melhora da conjuntura. Quando você começa a ter redução da taxa de desemprego, começa a ter ganhos reais e inflação mais controlada, que resultam em aumento do poder de consumo das pessoas e reativação da economia;, acrescentou.
Para o secretário de Economia, André Clemente, a economia está "levemente aquecida" e avança em comparação ao cenário nacional, especialmente durante um período de recessão. "Quando o Brasil ainda discutia se estava estagnado ou não, fizemos investimentos e vimos crescimentos. Houve um aumento da confiança da indústria, do atacado e do varejo na economia do DF, e os números têm sido agradáveis conosco", afirmou. "Apesar do forte contingenciamento feito, encaminhamos nosso Plano Plurianual e o Projeto de Lei Orçamentária Anual para a Câmara (Legislativa) com uma receita mais realista, que nos permitirá fazer um melhor planejamento, acompanhamento das políticas públicas locais e entregas", completou Clemente.
Para o secretário de Economia, André Clemente, a economia está "levemente aquecida" e avança em comparação ao cenário nacional, especialmente durante um período de recessão. "Quando o Brasil ainda discutia se estava estagnado ou não, fizemos investimentos e vimos crescimentos. Houve um aumento da confiança da indústria, do atacado e do varejo na economia do DF, e os números têm sido agradáveis conosco", afirmou. "Apesar do forte contingenciamento feito, encaminhamos nosso Plano Plurianual e o Projeto de Lei Orçamentária Anual para a Câmara (Legislativa) com uma receita mais realista, que nos permitirá fazer um melhor planejamento, acompanhamento das políticas públicas locais e entregas", completou Clemente.