Jornal Correio Braziliense

Cidades

Criminoso pescava dinheiro em caixas


Uma ação conjunta da 1; e da 27; Delegacia de Polícia resultou, ontem, na prisão de um homem acusado de fraude em agências bancárias no DF e Valparaíso (GO). Após três meses de monitoramento, Wellington Brandão Cabral, 31 anos, foi preso em flagrante em uma agência no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). A ação faz parte da segunda fase da Operação Fisherman.

A DP do Recanto das Emas recebeu um relatório dos bancos e estava acompanhando a ação dos bandidos. ;Durante o monitoramento, ficou comprovado que eles atuavam desde novembro do ano passado, meses depois da primeira fase da operação. Na semana passada, tentaram cometer os furtos na Asa Sul, mas não tiveram êxito. Os dispositivos foram apreendidos e trazidos pela PM para a 1; DP;, explica o delegado adjunto da unidade, João de Ataliba Nogueira Neto.

Wellington e o comparsa, Marcos Junior Monteiro Tavares, 21 anos, instalavam dispositivos em caixas eletrônicos que lhes permitiam ;pescar; os envelopes que eram depositados nos terminais. ;Ontem (sábado), eles já instalaram em algumas agências e hoje (domingo), quando o Wellington veio realizar a pesca, foi preso em flagrante;, detalha o delegado. O rapaz ainda tentou fugir em um veículo que também já havia sido identificado pela polícia, mas não obteve sucesso.

Para o responsável pela operação, os dois são contumazes na prática delituosa. ;O comparsa continua em liberdade, mas será indiciado. Wellington disse que o veículo é de um amigo. Isso será checado. Como o automóvel estava sendo utilizado para a prática criminosa, vamos ver se é o caso de um crime por associação criminosa;, avalia Neto. Wellington possui passagens pela polícia por diversos crimes, entre os quais, estelionato e furto. Desta vez, será autuado por furto qualificado mediante fraude com continuidade delitiva, com pena de dois a oito anos de prisão.

Em setembro do ano passado, a Polícia Civil prendeu, em flagrante, dois homens instalando dispositivos em caixas eletrônicos de um banco localizado na W3 Sul. Um deles era Marcos Monteiro Tavares. A ação foi batizada de Operação Fisherman, pescador em português. Contudo, em novembro do mesmo ano, informações demonstram que o criminoso já estava em liberdade.