Cidades

Grupo que falsificava DUT de carros alugados para venda é preso

Segundo a polícia, os criminosos alugavam veículos em vários estados e os trazia para a capital. Investigadores apuram a participação de funcionários de detrans de outros estados

Walder Galvão
postado em 11/09/2019 08:00
Com os membros da organização foram apreendidos celulares, documentos, dinheiro e cartões
Agentes da Polícia Civil prenderam cinco homens acusados de falsificar documentação de carros alugados e vender para terceiros. De acordo com a investigação, os crimes eram cometidos no Distrito Federal e em outras unidades da Federação. A operação, batizada de Fake Dut, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (11/9).

Segundo os policiais, os criminosos contavam com a ajuda de funcionários de detrans de outros estados, alugavam veículos e traziam para a capital. Com documentos fraudados, eles transferiam os automóveis para o nome de alguém do grupo. Em seguida, o carro era vendido para terceiros, que não tinham consciência do esquema. ;[Os funcionários dos detrans] produziam o Documento Único de Transferência (DUT) e inseriram esse novo proprietário falso no sistema nacional;, completou o delegado Wisllei Salomão, coordenador da Corf.
De acordo com Wisllei Salomão, a quadrilha atua há cerca de dois anos no DF. Após a fraude no DUT, os veículos eram vendidos a preço de mercado. "Durante o período do aluguel, eles produziam um DUT formalmente verdadeiro mas com os nomes inseridos falsos e vendiam esses veículos a terceiros de boa fé", disse. As locadoras nem sequer tinham tempo de perceber o golpe.
A operação, a cargo da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), identificou que esse tipo de golpe tem sido praticado em todo país e prejudicou inúmeras vítimas.

As investigações tiveram início em março deste ano e terão continuidade para identificar a participação dos funcionários dos detrans envolvidos. Os agentes identificaram que todos integrantes presos do grupo têm extensa ficha criminal. Eles serão acusados por organização criminosa, uso e falsificação de documento, receptação e estelionato. Sanções administrativas também poderão ser aplicadas aos funcionários dos detrans que forem identificados como membros da organização.
Colaborou Emilly Behnke.

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