Jornal Correio Braziliense

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Eixo capital

Acompanhe a cobertura da política local com @anacampos_cb e @alexandrepaulas


Com novas provas, Justiça cancela audiências da Panatenaico

A Justiça Federal cancelou audiências da Operação Panatenaico marcadas para as próximas segunda e terça-feira. Na decisão, a juíza Pollyanna Kelly Maciel, da 12; Vara Federal Criminal, justificou que novos documentos e elementos de prova foram juntados ao processo que investiga o esquema de corrupção nas obras do Estádio Nacional Mané Garrincha. Segundo a magistrada, diante dos novos documentos, não haveria tempo suficiente para que as defesas pudessem se inteirar dos fatos apresentados. Nas oitivas, seriam ouvidos empresários ligados à construção do estádio e funcionários de empresas do governo que participaram das obras.



Siga o dinheiro

R$ 505 mil

Valor de contrato firmado pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) para o fornecimento e instalação de duas balanças rodoviárias, além da execução de obras de infraestrutura para a instalação do equipamento





Preso homem que tentava extorquir Luis Miranda

A Polícia Civil do DF prendeu em flagrante um homem que extorquia o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Ele pedia R$ 760 mil para parar com uma série de vídeos que atacavam o parlamentar no YouTube. O suspeito morava em Tel Aviv (Israel) e tinha passaporte alemão. Miranda disse que só concretizaria a negociação pessoalmente e em Brasília. Com câmeras e escutas escondidas na roupa, o deputado se encontrou com ele na quinta-feira à noite. Logo depois, a prisão foi efetivada. Além do homem preso, quatro pessoas integravam o esquema contra o parlamentar. Elas foram indiciadas por extorsão, difamação, incitação ao crime e organização criminosa.



Suspeitas contra a Justiça

Durante o encontro, o homem preso por extorquir Miranda fez acusações graves contra figuras importantes da capital, segundo o deputado. Ele afirmou que um desembargador do TJDFT recebeu US$ 250 mil para dar uma sentença contra Miranda. A informação está registrada no depoimento do deputado para a Polícia Civil. O pagamento teria partido de adversários políticos do parlamentar. Miranda diz que não acreditou na história, mas deixa no ar o questionamento e destaca que é preciso investigar. Em nota, o TJDFT informou que não se manifestará sobre o caso. O órgão destacou que a PCDF deverá encaminhar o fato à autoridade competente e que, até o momento, não recebeu qualquer comunicado oficial.




Aeroporto Joaquim Domingos Roriz

O governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu prestar mais uma homenagem ao ex-governador Joaquim Domingos Roriz, morto no ano passado. O atual Aeródromo Botelho, localizado em São Sebastião, receberá o nome do político. O GDF negocia com a Infraero para que a operação do espaço seja comandada, no primeiro momento, pela companhia. Uma das ideias é que o aeroporto seja utilizado para uso de aeronaves executivas. A área pertence à Terracap e foi arrendada nos anos 1980 para o produtor rural José Ramos Botelho. No início dos anos 2000, a família dele construiu uma pista de pouso, que acabou transformando o local em um aeroporto irregular. Em 2016, o GDF conseguiu recuperar, na Justiça, o imóvel.



Resultados positivos

A Câmara de Turismo e Hospitalidade da Fecomércio faz um balanço positivo da atuação do grupo neste ano. A entidade comemora a chegada de novos projetos e a ampliação das parcerias em busca do fortalecimento do setor no DF. Em 2019, a entidade conseguiu fechar colaboração com a Caixa Econômica Federal, a Bancorbrás e as empresas de telecomunicação Claro e Oi.



Só papos


;É feia mesmo, não é nenhuma mentira;;

Ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre primeira-dama da França, Brigitte Macron




;Brigitte é linda, charmosa, educadíssima e elegante. Eles são feios, grossos, cafonas e têm os pepinos todos murchos;

Empresária, chef e jurada do talent show MasterChef, transmitido pela Band, Paola Carosella




À QUEIMA-ROUPA



Ana Paula Pereira Meneses
Candidata à vaga de desembargadora do Tribunal de Justiça do DF

Qual deve ser o papel de um magistrado oriundo da advocacia?
O advogado representa importante player no processo. A pedra angular do quinto constitucional é contribuir para o contínuo aperfeiçoamento dos tribunais, por meio de experiência haurida no exercício da advocacia, tendo em vista uma Justiça mais eficiente e isonômica. O magistrado oriundo da advocacia traz consigo vivência profissional e pessoal a ser agregada ao processo de tomada de decisões do Tribunal.

Qual é a sua opinião sobre a lei de abuso de autoridade como foi aprovada no Congresso?
Ninguém está acima da lei nem mesmo os exercentes do poder. Desde 1965, existe uma lei de abuso de autoridade. O Legislador ordinário houve por bem ampliá-la e aperfeiçoá-la. O projeto de lei correspondente aguarda análise dos vetos da sanção presidencial. Sem querer antecipar juízo de valor, entendo que, em tese, todo e qualquer aprimoramento legal é sempre bem vindo. Contudo, não deve servir de alavanca para criminalizar o exercício da função jurisdicional.

Por que se considera apta a exercer a magistratura?
Penso que a experiência adquirida em duas décadas de advocacia trouxe-me capacidade, equilíbrio e sensibilidade suficientes para o exercício da magistratura. Tenho convicção de que julgar não é tarefa fácil, porém me considero habilitada para o desafio. Eu acredito na Justiça e essa crença me revigora todos os dias.

Há uma série de questionamentos e polêmicas atualmente sobre a atuação da Justiça no Brasil. Como a senhora avalia esse ambiente?
Os questionamentos e polêmicas são naturais no regime democrático. Os atos judiciais possuem, como nota marcante, a publicidade. Eles repercutem tanto na esfera pública quanto privada e podem ou não encontrar ressonância na opinião pública. Decidir sobre algo significa, via de regra, posicionar-se a favor ou contra determinada pretensão. Nem sempre isso agrada a todos.

Fala-se muito que o Brasil passa por um momento em que a democracia está ameaçada diante de tanta polarização. A senhora acredita nisso? E de que maneira a Justiça pode ajudar nesse sentido?
Dissensos acontecem em regimes democráticos onde existe plena liberdade de expressão. O embate de ideias mostra-se normal nas sociedades animadas por múltiplas correntes de pensamento. Nesse contexto, cabe à Justiça tratar com sensibilidade e de modo equânime as partes envolvidas, visando buscar a solução mais razoável e justa possível para o conflito.


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