Mariana Machado
postado em 05/09/2019 20:56
João Marcos Vassalo da Silva Pereira, 20 anos, assassino confesso da assistente social Pedrolina Silva, 50 anos, não poderá responder ao processo em liberdade. Nesta quinta-feira (5/9), ele passou por audiência de custódia e a juíza Lorena Alves Ocampos, da 3; Vara Criminal de Brasília converteu a prisão dele em preventiva. O crime aconteceu no último domingo (1;/9), em uma área de mata fechada na beira do Lago Paranoá.
A magistrada afirmou que a materialidade do delito estava constatada, diante da análise das provas, além de haver indícios da autoria do fato. Além disso, a forma como ele agiu denota a periculosidade dele. ;A concessão de liberdade provisória ou a aplicação de medidas cautelares não são recomendáveis;, destacou. Segundo o processo, João Marcos teria dito à vítima ;é estupro, vou te levar para o mato;, ao abordá-la.
O corpo de Pedrolina foi encontrado na terça-feira (3/9), próximo a uma universidade na L4 Sul. Ele foi preso no mesmo dia, quanto tentou estuprar outra mulher, na QI 29 do Lago Sul. No entanto, ela conseguiu agredir o homem e uma testemunha acionou a Polícia Militar. Na quarta-feira (4/9), a Polícia Civil identificou João Marcos como responsável pelo assassinato da assistente social. O caso é investigado pela 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul)
Relembre o caso
No dia da tragédia, Lina havia combinado de ir a um clube da Asa Sul com uma colega da farmácia em que trabalhava, em Taguatinga. As duas se encontrariam em uma parada de ônibus na L4 Sul, em frente à universidade Unieuro, de onde seguiriam juntas. Às 9h36, Lina enviou uma mensagem de áudio à amiga dizendo que havia chegado. Cerca de seis minutos mais tarde, no entanto, ela foi atacada por João Marcos.
Câmeras de segurança da faculdade registraram o momento em que o agressor se aproxima correndo e os dois entram em uma luta corporal. Em seguida, ela é arrastada para fora do alcance das imagens. A família registrou boletim de ocorrência e deu início às buscas pelas redes sociais. Através de um aplicativo de rastreio, identificaram que a última localização dela havia sido marcada no lago, próximo à parada onde aconteceu o ataque.
Ameaças
Vítima e agressor eram vizinhos e ela já tinha relatado medo dele, que a ameçava constantemente. Nesta quinta-feira (5/9), ela foi sepultada no Cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga.
"Ela já tinha comentado várias vezes que ele era estranho e ficava assediando o tempo todo. Lembro que a Lina disse até que teve que mudar o caminho ao trabalho, porque encontrava com ele sempre que saia de casa", relatou a amiga de infância Marinalva Alves, 42.