Jornal Correio Braziliense

Cidades

Supostas vítimas de Marinésio estão na carceragem para reconhecimento

Duas mulheres, uma estudante de 17 anos e uma copeira de 43, foram, primeiro na delegacia do Paranoá e, depois, para a carceragem da Polícia Civil, onde o cozinheiro está preso

Duas vítimas de estupro, uma estudante de 17 anos e uma chegaram às 15h55 desta quinta-feira (5/9) no Departamento de Controle e Custódia de Presos (DCCP), no Complexo da Polícia Civil. As mulheres irão fazer o reconhecimento facial de Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, para confirmar se ele é o autor dos crimes. Elas seguem acompanhadas da delegada Jane Klébia, chefe da 6; Delegacia de Polícia (Paranoá) e do delegado-adjunto da unidade, Luiz Gustavo Neiva.

No procedimento, o suspeito é colocado em uma sala junto com outros homens e as vítimas ficam atrás de um vidro. Os acusados não podem vê-las, mas elas sim. Até a noite de quarta-feira (4), a informação era a de que Marinésio seria levado para a delegacia do Paranoá, para ser submetido ao reconhecimento das vítimas. Contudo, a orientação mudou na manhã desta quinta-feira (5). As mulheres tiveram que ir até a delegacia do Paranoá para analisarem o suposto carro usado pelo cozinheiro e, depois, seguiram para o Complexo da Polícia Civil, ao lado do Parque da Cidade, onde Marinésio está preso. A adolescente afirmou que o veículo foi usado pelo suspeito para cometer o crime.

Por volta das 15h15, as mulheres saíram do Paranoá para a segunda fase de reconhecimento. Elas percorreram mais de 30 quilômetros na companhia em veículos descaracterizados da polícia para chegarem ao Complexo da Polícia Civil. No local está o marido de Letícia Curado, o educador Kaio Fonseca Curado de Melo, 25. Marinésio é assassino confesso da advogada e funcionária do Ministério da Educação (MEC), além da auxiliar de cozinha Genir Sousa, 47.

Ainda nesta quarta-feira (5), peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil devem concluir os laudos do assassinato de Letícia. Os exames indicarão de a jovem sofreu abuso sexual de Marinésio. Os especialistas realizaram análises do corpo da vítima, da Blazer cinza do cozinheiro, e do local onde a advogada foi encontrada morta.