postado em 03/09/2019 08:37
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Polícia Civil deflagraram a segunda fase da operação de combate à grilagem de terras em Ceilândia, na manhã desta terça-feira (3/9). Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão. De acordo com a polícia, a organização criminosa investigada dedica-se há mais de 10 anos ao crime.
A investigação identificou o grupo que vem atuando no parcelamento irregular do solo urbano do Condomínio Sol Nascente desde a origem da região, sendo responsável por dezenas de loteamentos ilegais na cidade. A operação começou em 2011 na 19; Delegacia de Polícia (Setor P Norte) e teve continuidade na Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco).
Ao longo das investigações, a polícia percebeu que a organização criminosa é composta por grileiros de terras e por um núcleo de criminosos que atua como braço armado no cometimento dos delitos. O grupo também é acusado de ameaças e homicídios.
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos recebiam o auxílio de policiais militares responsáveis por proteger e dar suporte ao grupo. Além disso, ainda ajudavam a comercializar os terrenos ilegais. Sete integrantes da PM foram presos preventivamente em maio deste ano, na primeira fase da operação, denominada Horus. O Ministério Público já havia denunciado os militares por organização criminosa armada. Eles atualmente respondem ao processo na Auditoria Militar.
Nesta terça-feira (3/9), o alvo são os grileiros, responsáveis por coordenar e executar invasões dos terrenos. Os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão estão sendo realizados em Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires e Santo Antônio do Descoberto (GO).
Cerca de 80 policiais da Coordenação Especial de Repressão à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária participam da operação. Além do o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPDFT.