Isa Stacciarini
postado em 31/08/2019 11:48
A Justiça de Goiás determinou a prisão preventiva de Anderson da Silva Leite Monteiro, 18 anos, acusado de assassinar a facas Bruno Pires de Oliveira, 41, professor do Colégio Estadual Machado de Assis (Cema), em Águas Lindas de Goiás. Neste sábado (31/8), a juíza plantonista de Padre Bernardo (GO), Luciana Vidal Pellegrino Kredens, considerou que que a decisão vale como mandado de prisão.
A representação foi feita pelo delegado-titular do Grupo de Investigação de Homicídio (GIH), Cleber Martins, a frente do caso. O Ministério Público de Goiás também se manifestou pelo deferimento da medida. Como o período de flagrante se encerrou, o receio dos investigadores era de o suspeito se apresentar e não ficar preso. Mas, com a decisão, ele permanecerá até o andamento do processo.
Agentes da Polícia Civil de Goiás e equipes da Polícia Militar estão na captura de Anderson, que permanece foragido. Além de endereços em Goiás, os investigadores também procuram pelo suspeito no Distrito Federal, pois há parentes dele que moram em cidades da região Sul do DF.
O Correio tenta contato com a defesa do suspeito, mas, até a última atualização desta reportagem, não tinha conseguido. A reportagem também procura a família de Anderson para ouvir a versão deles sobre os fatos.
Golpe de faca dentro da escola
A polícia acredita que o suspeito premeditou o crime. Segundo testemunhas, ele fazia parte do programa Mais Educação, voltado a prática de esportes a estudantes do 6; e 7; ano. Como ele estava em série avançada, teria recebido a informação de que seria desvinculado do projeto e que a decisão teria sido tomada pelo coordenador.
Anderson teria saído da sala minutos antes do término da aula. Quando voltou, encontrou Bruno pegando a moto para ir embora e deu o golpe com um facão de cozinha e fugiu. O professor ainda conseguiu entrar na escola, com a mão no ferimento, e avisar uma colega de trabalho que o "Anderson; grandão;" tinha cometido o crime.
A polícia investiga se Anderson pegou a faca emprestada com outro colega da escola. O caso é investigado como homicídio qualificado por motivo fútil, pelo Grupo de Investigações de Homicídio (GIH). A pena varia de 12 a 30 anos de prisão.