Cidades

Polícia Civil coloca sigilo em investigações sobre o assassino de Letícia

Com a decisão, delegados e investigadores da corporação estão proibidos de falar sobre crimes envolvendo Marinésio Olinto

Philipe Santos
postado em 29/08/2019 15:16
Marinésio Olinto
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) anunciou, nesta quinta-feira (29/8), que colocará sob sigilo as investigações de crimes envolvendo Marinésio Olinto, 41 anos, apontado como suspeito de diversos crimes contra mulheres na capital do país. Ele é assassino confesso de Letícia Curado e Genir Sousa.
De acordo com a corporação, a determinação é do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC). Com a decisão, delegados e investigadores da corporação estão proibidos, ao menos temporariamente, de conceder entrevistas ou coletivas de imprensa sobre ocorrências envolvendo o acusado.

O diretor da DPC, Jeferson Lisboa, afirma que o sigilo é para a devida apuração dos fatos. "Algumas notícias têm sido veiculadas pela mídia causando prejuízo ao regular andamento das investigações. Quando o trabalho policial estiver concluído, todos os órgãos de imprensa serão devidamente informados. E qualquer demanda a este respeito deve ser solicitada via Divisão de Comunicação", diz.

Marinésio Olinto foi preso, no último sábado (24/8), acusado de ser o principal suspeito pelo desaparecimento da advogada e funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Curado. A principio, ele negou qualquer envolvimento. Mas, na segunda-feira (26/8), confessou ter matado a jovem e também de ter assassinado Genir Pereira de Sousa, em junho.

Desde que o rosto de Marinésio apareceu em jornais e na tevê, ao menos nove mulheres procuraram a polícia e denunciaram também terem sido alvo do acusado. A polícia também reabriu outras investigações sem soluções para saber se ele também é o autor.
Entre elas, está o inquérito que apura a morte da estudante Carolina Macedo Santos, 15 anos, em 2018. Antes da decretação do sigilo, o delegado-adjunto da 10; DP (Lago Sul), Éder Charneski, afirmou que surgiram fortes indícios de que a adolescente tenha sido uma das vítimas.

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