Cidades

''Eu ia morrer'', diz vítima de ataque de cozinheiro

A mulher de 43 anos foi obrigada a entrar no carro do suspeito em 2017. Após sofrer o abuso sexual, a vítima conseguiu fugir

Sarah Peres
postado em 28/08/2019 20:37
A mulher de 43 anos foi obrigada a entrar no carro do suspeito em 2017. Após sofrer o abuso sexual, a vítima conseguiu fugir
"Quando fui atacada por ele (Marinésio), registrei a ocorrência e não me escutaram. Precisaram morrer duas mulheres para que fossem atrás dele." Assim começa o relato de uma das vítimas do cozinheiro Marinésio Olinto, 41 anos, atacada em 25 de setembro de 2017, no Paranoá.

A copeira de 42 anos reconheceu, na segunda-feira (26/8), o assassino confesso de Letícia Curado, 26, e Genir Sousa, 47. "Estava assistindo televisão quando o vi passar. Na hora, entrei em desespero. Ele usava o mesmo corte de cabelo de quando me atacou", afirma.

A mulher conta que, no dia do crime, havia ido para a parada uma de ônibus às 5h40. Ela estava sozinha no ponto quando Marinésio teria chegado em um carro vermelho. "Ele desceu e, com uma faca, me obrigou a entrar no veículo. Comecei a chorar e implorar para que não fizesse nada comigo, por ter meus filhos. Disse para que ele levasse minha bolsa, mas não me deixou ir. Fui levada até os pinheirais (próximo ao Paranoá Parque)", relembra.

Ali, o homem teria dado uma escolha à vítima. "Como eu me debatia, ele agarrou no meu pescoço e disse: ;Ou você faz o que eu quero ou morre agora;. Foi quando cedi às investidas. Mas depois que ele acabou, me ameaçou: ;Você viu bem o meu rosto. Quem grava o meu rosto morre;;;, descreve.

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A mulher relata que após dizer a frase, ele se distraiu ao deixar a faca que usava cair. Nessa hora, ela aproveitou para dar uma joelhada no suspeito e fugir. "Consegui abrir a porta do carro e correr. Ele tentou vir atrás de mim, mas como já era umas 6h30 e havia movimento na rua, ele desistiu. Só assim consegui voltar com vida para a minha família", afirma.

À época do crime, a vítima procurou a 6; Delegacia de Polícia (Paranoá) e fez exame de corpo de delito. Após reconhecer Marinésio pela televisão e prestar novo depoimento na unidade, ela retornará à polícia na próxima semana. O objetivo é fazer o reconhecimento pessoal do suspeito.

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