Jornal Correio Braziliense

Cidades

Após ser hostilizada, família de Marinésio muda de endereço

A companheira e a filha, de 16 anos, deixaram a casa na noite dessa terça-feira (27/8). Elas teriam recebido mensagens no celular dizendo que teriam a residência queimada

A família de Marinésio de Sousa Olinto, 41 anos, assassino confesso de Letícia Sousa Curado de Melo, 26, e de Genir Pereira Sousa, 47, precisou mudar de endereço. Ao Correio, vizinhos contaram que a esposa e a filha dele, de 17 anos, deixaram a casa onde viviam por estarem recebendo ameaças de moradores da região.

A esposa de Marinésio teria recebido ameaças por aplicativos de troca de mensagens. De acordo com um amigo da família há mais de 15 anos, disseram à mulher que a casa dela seria incendiada. Assustada, ela decidiu deixar a residência. Na noite dessa terça-feira (27/8), um caminhão foi ao imóvel para fazer o transporte dos bens dela.

A mulher não disse para onde iria e deixou o lugar ainda pela noite. Na manhã desta quarta-feira (28/8), a casa estava vazia. Apenas um cachorro ficou para fazer a guarda do local. Aos vizinhos, ela disse que iria vender o imóvel, lugar onde morava com Marinésio e a filha há cerca de 15 anos.

"Fico muito triste com essa situação. Ela é uma pessoa boa, da igreja e não merecia passar por isso. Ontem, ela foi visitar Marinésio na delegacia. A filha deles também está muito abalada", contou o amigo da família, que pediu para não ser identificado.

A família de Marinésio morava em um barraco humilde de alvenaria, nos fundos de uma residência no Vale do Amanhecer, em Planaltina. Na segunda-feira (26/8), quando o corpo de Letícia foi encontrado, ele decidiu falar com a imprensa na delegacia. Durante a entrevista, ele pediu para população que sentisse raiva apenas dele e não atacasse os parentes.