A Polícia Civil do Distrito Federal localizou mais duas vítimas do cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 47 anos. De acordo com investigadores da 6; Delegacia de Polícia (Paranoá), duas mulheres denunciaram que também foram atacadas pelo homem que confessou as mortes da advogada Letícia Sousa Curado de Melo e da auxiliar de cozinha Genir Sousa, 47 anos, além de ter atacado uma outra jovem, que sobreviveu.
[SAIBAMAIS]Segundo a polícia, um dia depois de assassinar Letícia, Marinésio ameaçou duas irmãs, usando o mesmo modus operandi dos três crimes que eram conhecidos até segunda-feira. As mulheres, de 18 e 21 anos, contam que saíam de uma festa, perto da rodoviária de Planaltina, na madrugada de sábado (24/8), quando foram abordadas por ele. As irmãs aceitaram o transporte, mas perceberam, ao longo do trajeto, que Marinésio desviou do caminho combinado e seguiu em direção ao Vale do Amanhecer. Ele as assediou e as duas passaram a gritar até que ele parasse o carro e elas pudessem desembarcar.
"As duas narram o mesmo caso dos outros três divulgados. As meninas estavam saindo da balada, recorreram ao transporte pirata com ele e foram assediadas. Neste caso, elas conseguiram fugir porque pegaram uma barra de ferro que estava no carro e ameaçaram quebrar o veículo", afirma a delegada-titular da 6; DP, Jane Klébia.
"Maníaco"
No fim da noite de segunda-feira (26/8), investigadores divulgaram que o cozinheiro havia feito ao menos três vítimas. Além de Letícia, ele também confessou o assassinato da auxiliar de cozinha Genir Pereira Sousa, 47 anos, que sumiu em 2 de junho e teve o corpo localizado 10 dias depois. E uma terceira vítima, denunciou o caso após reconhecer Marinésio como seu agressor.
Jane Klébia não descarta que novas vítimas possam aparecer. De acordo com as investigações, Marinésio não estudava as vítimas antes dos crimes. Apenas escolhia mulheres aleatórias em pontos de transporte coletivo. "Os depoimentos dele são incoerentes, sem nexo. Só uma análise psicológica pode nos dizer como ele é, mas o acusado parece ser um maníaco", diz.
Segundo a delegada, após matar Genir de Sousa, Marinésio foi para a casa de parentes, no Itapoã, onde passou a tarde em um churrasco. Algo que ainda não está explicado para os investigadores é se Marinésio usava alguma arma para ameaçar as vítimas. Ele passou por exames que não mostraram as chamadas "lesões de defesa", que indicariam uma tentativa de defesa das vítimas. "O cozinheiro tem estatura baixa, sem alguma arma é difícil que tenha conseguido cometer os crimes. Só encontramos uma tesoura no carro dele, mas ainda continuaremos investigando."