Jornal Correio Braziliense

Cidades

Polícia apura outro feminicídio

Vítima foi encontrada amordaçada e com sinais de estrangulamento em um matagal, na rua do Jockey, em Vicente Pires. Investigadores aguardam laudos periciais para identificá-la e não descartam a hipótese de estupro



A polícia tenta identificar a mulher encontrada morta na manhã de ontem, na rua do Jockey, em Vicente Pires. A vítima tinha entre 20 e 30 anos e cabelos escuros. Ela estava amordaçada com uma calça legging e com sinais de estrangulamento. Agentes da 38; Delegacia de Polícia (Vicente Pires) investigam o caso.

Uma testemunha encontrou o cadáver quando passava pelo local e acionou a polícia. O corpo estava jogado em uma área deserta, próximo a um muro, em meio a um matagal. Não havia marcas de sangue. Havia roupas ao lado da vítima, como um short jeans curto e uma blusa xadrez longa. Outros pertences, como anéis, pulseiras e cigarros, foram apreendidos para análise pericial.

Segundo a delegada Adriana Romana, adjunta da 38; DP, o caso é investigado como feminicídio. ;Além disso, temos a hipótese de estupro, pelo modo como a vítima foi encontrada. Trata-se de uma morte violenta e, inicialmente, podemos indicar que foi por asfixia. Contudo, só o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) poderá precisar a causa da morte;, detalha. O resultado da análise sairá em até 30 dias.

Ainda no local, os investigadores receberam a informação de que a vítima seria moradora da Estrutural e usuária de drogas. Os agentes, no entanto, não conseguiram confirmar a versão. Para identificar a vítima, aguarda-se o resultado de um exame do Instituto de Identificação da Polícia Civil, realizado por meio da coleta de digital. ;Se ela tiver identificação no DF, conseguimos definir quem é a vítima bem rápido. No máximo, em 15 dias. Caso contrário, teremos um trabalho mais árduo, que é a busca em campo, procurando conhecidos e possíveis familiares da vítima. Só assim conseguimos identificá-la;, detalha a delegada.

Investigação
A Polícia Civil não conseguiu precisar quando o assassinato ocorreu, mas há indícios de que tenha sido no fim de semana. Para traçar uma linha do tempo que leve até o momento em que a vítima morreu, agentes estão nas ruas em busca de imagens de câmeras de segurança e possíveis testemunhas. Inicialmente, não havia provas no local do crime que levem até a um possível suspeito.

De acordo com Adriana Romana, não está descartada a possibilidade de ;haver mais de um autor e se é conhecido desta mulher. Por isso, imagens que nos leve até a vítima são tão importantes. Também vale salientar que, a partir do reconhecimento da mulher, outras hipóteses surjam, como a de homicídio, e não de feminicídio;.