Preso como principal suspeito pelo desaparecimento de Letícia, o homem confessou ter estrangulado até a morte a advogada e funcionária do Ministério da educação (MEC). Marinesio levou os policiais até o corpo, que estava em uma manilha às margens da estrada que leva ao Vale do Amanhecer, em Planaltina.
"Ninguém sabia nada de nada, nem a minha família. A minha filha não devia estar passando por isso. Ninguém veio mais me ver. Até entendo e peço mil desculpas", disse o acusado.
Marinesio também admitiu ter matado Genir Pereira, em junho deste ano. Uma terceira vítima compareceu à 31; Delegacia de Polícia (Planaltina) na noite desta segunda-feira (26/8) e reconheceu o cozinheiro como o autor de agressões praticadas contra ela também neste mês. Aos investigadores, ela contou que, assim como as duas vítimas mortas pelo homem, também aceitou uma carona. No entanto, ao ser atacada, ela conseguiu saltar do carro e fugir.
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Os assassinatos de Letícia e Genir, assim como a agressão contra a terceira mulher, têm semelhanças. A servidora do Ministério da Educação e a auxiliar de cozinha foram vistas pela última vez em uma parada de ônibus de Planaltina, entrando em um carro que retornou após passar pelo ponto. Além disso, após desaparecer ao aceitar carona, as vítimas foram achadas em uma área de matagal.
Segundo o delegado Fabrício Augusto Machado, responsável pela investigação da morte de Letícia, um dia depois do crime, Marinesio demonstrou tranquilidade ao ser indagado sobre estar de posse do celular da vítima. "Ele disse que estava tranquilo e, como um criminoso que sabe do seu comportamento, alegava que só ia responder pelo crime de receptação", disse o investigador.
Pela morte de Letícia, Marinesio pode responder por feminicidio, roubo, ocultação de cadáver e estupro, caso a perícia confirme violência sexual. "Ele tinha plena consciência de sua ação", avalia Machado.