Isa Stacciarini
postado em 26/08/2019 16:21
Preso como principal suspeito pelo desaparecimento de Letícia Sousa Curado, 26 anos, o cozinheiro Marinesio dos Santos Olinto, 41, confessou ter estrangulado até a morte a advogada e funcionária do Ministério da educação (MEC). Acompanhado da advogada, ele levou os policiais até o corpo, que estava em uma manilha às margens da estrada que leva ao Vale do Amanhecer, em Planaltina.
A polícia pedirá a prisão preventiva do cozinheiro, que segundo o delegado responsável pelo caso, Fabrício Machado, tem plena consciência de seus atos. Uma fonte da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) disse ao Correio que o caso já é apurado como feminicídio. Confirmada a hipótese, este será o 17; crime dessa natureza em Brasília este ano.
A polícia pedirá a prisão preventiva do cozinheiro, que segundo o delegado responsável pelo caso, Fabrício Machado, tem plena consciência de seus atos. Uma fonte da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) disse ao Correio que o caso já é apurado como feminicídio. Confirmada a hipótese, este será o 17; crime dessa natureza em Brasília este ano.
Segundo um dos investigadores da 31; Delegacia de Polícia, unidade responsável pelas investigações, Marinesio contou aos policiais que conhecia Letícia porque já havia tomado o mesmo ônibus que ela, em Arapoangas (Planaltina), com destino ao Plano Piloto. Na manhã de sexta-feira (23/8), ele estava de carro e, após deixar a filha de 3 anos na escola, parou em frente ao ponto e começou a conversar com ela. "Ele disse que estava indo no sentido do Paranoá, e ela pediu uma carona até a Rodoviária da cidade para, de lá, pegar um ônibus e seguir para o Plano", conta.
No caminho, Marinesio teria começado a assediar a vítima, que recusou a investida. Foi quando ele teria passado a agir com violência e a assassinado. "Ele disse que jogou a bolsa dela fora e pegou alguns pertences. Depois, desovou o corpo em uma manilha e ficou com alguns objetos da vítima", diz o policial. "Ele resolveu confessar, pois os advogados apresentaram os benefícios (que ele teria) ao colaborar com a investigação", acrescenta o investigador.
Diretor-geral da Polícia Civil, Robson Candido, e o diretor de Polícia Circunscricional (DPC), Jeferson Lisboa, visitaram a 31; DP, chefiada por Fabrício Machado. "Viemos dar os parabéns para a equipe, por todo o empenho dos colegas. Tivemos equipes mobilizadas desde o dia do desaparecimento da vítima, não só de Planaltina, mas de outras unidades também. Toda a instituição esteve mobilizada", reforçou Candido.
[FOTO1441214]
[FOTO1441214]
Acusações
Além do crime de feminicídio, Marinesio deve responder por roubo, ocultação de cadáver e, se a perícia indicar violência sexual, estupro. Os policiais chegaram até o cozinheiro após analisar imagens de câmera de segurança que mostram o carro dele diante da parada de ônibus, na sexta-feira, antes de Letícia chegar ao local."Em seguida, ele deixa o lugar e, em vez de ir pela via principal, o que seria normal, sobe pela pista e retorna. Pouco tempo depois, para em frente a Letícia, conversa com ela por 10 segundos, e ela entra no carro", contou o delegado. No sábado, o carro de Marinesio foi encontrado e, no interior, havia objetos que, mais tarde foram identificados como sendo de Letícia.
Após ser preso, o acusado chegou a falar com a imprensa e garantiu ser inocente. Horas depois, porém, confessou o crime. No meio da tarde desta segunda-feira, o marido, o pai e um irmão de Letícia chegaram muito abalados à 31; DP. "Mataram a minha mulher", confirmou o marido dela, Kaio Fonseca Curado de Melo, 25 anos.