Por volta das 15h30 desta segunda, o pai e o marido de Letícia chegaram chorando à 31; Delegacia de Polícia (Planaltina), escoltados por policiais. Perguntado se tinha alguma informação sobre o caso, Kaio respondeu: "Mataram a minha mulher". O irmão chegou em seguida, também desesperado. Do lado de fora da unidade policial, era possível ouvir gritos de desespero e choro alto dos familiares. Menos de 10 minutos depois, uma equipe de investigadores deixou a delegacia com fita zebrada, a mesma usada para isolar locais de crime.
Suspeito preso
Mais cedo, pela manhã, a Polícia Civil do Distrito Federal anunciou a prisão de um homem suspeito de participação no crime. O acusado é Marinesio dos Santos Olinto, 41 anos, um cozinheiro sem antecedentes criminais. Ele, a princípio, negou ter qualquer relação com o desaparecimento de Letícia. Mais tarde, no entanto, segundo os policiais, confessou ter assassinado a advogada, orientado por seus defensores.Segundo os investigadores, imagens de segurança mostram o momento em que a jovem entrou no carro dele, na sexta-feira de manhã, em frente à parada de ônibus em que costumava pegar o ônibus para chegar ao trabalho. No sábado à noite, o carro do suspeito foi encontrado em via pública e, em seu interior, objetos que pertenciam à jovem, segundo o delegado-chefe da 31; Delegacia de Polícia de Planaltina, Fabrício Augusto Machado.
Veja fotos de Letícia Curado Melo:
[FOTO1441214]Mais vítimas
Após confessar o crime, Marinesio levou policiais até o local onde deixou o corpo da jovem, perto de uma estrada de Planaltina que leva ao Vale do Amanhecer. Ele também acabou confessando a morte da auxiliar de cozinha Genir Pereira de Sousa, 47 anos, em junho passado. Os dois crimes têm muitas semelhanças na forma como o assassino atuou.Já na noite desta segunda-feira, uma terceira mulher foi à 31; DP e reconheceu Marinesio como o homem que a atacou após oferecer carona a ela. Aos policiais, essa terceira vítima disse que sobreviveu porque conseguiu saltar do carro e correr. Para o delegado Fabrício Machado, o suspeito tem plena consciência dos seus atos e agiu com frieza quando foi interrogado, inclusive negando qualquer crime na primeira abordagem. O delegado pediu a prisão preventiva do acusado.