A polícia, agora, considera outras linhas de investigação, além da de sequestro, e trabalha para encontrar a vítima. Uma busca com cães farejadores deve ocorrer na tarde desta segunda-feira (26/8). O carro do suspeito, que tem 41 anos e é cozinheiro, foi localizado em via pública, no sábado à tarde. No porta-luvas do veículo, os policiais encontraram uma bolsa, que seria da vítima.
"Fizemos revista no carro e encontramos no porta-luvas uma bolsinha. Nela, estavam um fichário pequeno com marca texto e coisas de estudante, e um relógio. Tiramos a foto e pedimos imagens dela vestida para família. A comparação revelou que era o mesmo relógio da vítima", afirmou o delgado-chefe da 31; Delegacia de Polícia de Planaltina, Fabrício Augusto Machado.
Segundo o delegado, o investigado não tem passagens pela polícia e mora com a esposa e a filha, de 16 anos. "Ele é o único suspeito. Se colocou na cena do crime. Trabalhamos com a hipótese de que ele tenha agido sozinho", explicou Machado. Os policiais solicitaram à perícia da corporação análise de material biológico encontrado no carro.
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Câmeras de segurança
Letícia saiu de casa, no Arapoangas, em Planaltina, por volta das 7h de sexta-feira (23/8), e desde então não retornou para casa nem atendeu a chamadas telefônicas. Os familiares contam que só perceberam o sumiço da advogada quando ela não apareceu para almoçar com a mãe, como tinha combinado. Ao procurar o supervisor de Letícia, descobriram que ela não tinha chegado ao trabalho.
O delegado afirmou que imagens de câmera de segurança não mostram Letícia desembarcando do ônibus na Esplanada dos Ministérios, como chegou a ser noticiado. Ao contrário, ela teria entrado no veículo do suspeito ainda perto de casa. "O motorista é visto na parada antes da vítima chegar. Em seguida, ele deixa o lugar e, em vez de ir pela via principal, o que seria normal, sobe pela pista e retorna. Pouco tempo depois, para em frente a Letícia, conversa com ela por 10 segundos, e ela entra no carro", disse o delegado.
Os investigadores também foram à casa de familiares de Marinesio fazer buscas. Ele disse que não conhece a vítima e que teria pago R$ 150 no celular dela. Entretanto, para o delegado, o aparelho da vítima tem alto valor no mercado e não seria encontrado por esse preço nem no comércio irregular. "Tudo vai ser resolvido. Eu tenho a consciência limpa", disse o acusado ao ser questionado sobre o crime.