Os depoimentos das testemunhas de acusação foram importantes para a sentença. "Conforme relatos (no Tribunal do Júri de Brasília), antes do crime, a vítima e o réu tiveram uma intensa briga. Isso demonstra que a atitude do acusado foi tomada em grande ódio", disse o juiz na deliberação. "Também ficou constatado que o réu humilhava constantemente a vítima, demonstrando grande sadismo. Ainda, a atitude dele atinge a todos os familiares da vítima, sobretudo o filho do casal, que sofre psicologicamente com o feminicídio da mãe", completou o magistrado.
Relembre o caso
O caso aconteceu na noite de 6 de agosto do ano passado. Uma testemunha, que passava pelo local, viu a queda de Graziele e interfonou no apartamento, perguntando se a mulher havia caído, mas Jonas desligou o aparelho e se trancou no imóvel. Ela foi levada ainda com vida ao Hospital de Base, mas não resistiu aos ferimentos.
Quando a Policia Militar chegou ao local do crime, o condenado estava tracando no apartamento e não tinha descido para prestar socorro a vítima. Ele apresentava sinais de embriaguez e foi preso em flagrante.
Carla Graziele já havia denunciado duas vezes Zandoná, que chegou a ser preso com base na Lei Maria da Penha e ter uma ordem protetiva expedida contra ele. Testemunhas informaram que as brigas entre os dois eram frequentes, com agressões físicas, injúrias e ameaças recíprocas.
Outro julgamento
O Tribunal do Júri do DF julga um segundo caso de feminicídio esta quinta-feira. Stefanno Jesus Souza de Amorim, 22, é acusado de matar com cinco facadas , 30 anos. Após o crime, ele ficou foragido por três dias, mas foi capturado após uma denúncia anônima e confessou o crime.