No sábado (17/8), cinco escolas que devem receber o modelo de gestão compartilhada com a Secretaria de Segurança Pública foram consultadas, mas, em duas delas, o resultado foi contrário à presença de policiais militares. Mesmo assim, Ibaneis afirmou que vai implementar o projeto nos dois colégios. Sob a gestão de Ferraz, a pasta da Educação ganhará uma subsecretaria apenas para tratar do projeto.
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"Ibaneis foi longe demais"
Ao Correio, Parente disse que avisou ao secretário da Casa Civil, Valdetário Andrade Monteiro, que, se Ibaneis mantivesse a decisão de ignorar as votações nas escolas, deixaria a Secretaria. "Eu havia avisado que, se não houvesse retorno, se não ouvissem a comunidade como haviam prometido, eu abriria mão de meu cargo", contou. "Acho que ele (Ibaneis) foi longe demais com a decisão de atropelar a gestão democrática.Parente ainda agradeceu o "carinho dos professores" e disse que fez o seu melhor. "Minha integridade, meus valores, a certeza de que temos de defender a democracia, é o princípio mais valoroso do mundo. Esse foi o cargo mais honroso que tive na vida e me proporcionou muitas alegrias", afirmou. "Eu me entreguei como nunca havia me entregado. Com certeza, continuarei trabalhando muito pela educação do Brasil e do Distrito Federal e por nossa democracia, para que consigamos respeitar e valorizar mais nossas diferenças."
Rafael Parente é doutor em educação pela Universidade de Nova York e ex-subsecretário de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro, durante a gestão de Eduardo Paes (DEM). Ocupava o cargo no DF desde o ínicio da gestão de Ibaneis.