Alunos que estavam na frente da escola relataram que o pai da vítima esperava por ele. Quando viu o ataque ao filho, o homem o levou ao hospital. "O pai dele ficou desesperado. E pegou ele na hora. Pelo que vimos foi um corte na barriga. Não sabemos se foi grave ou não, mas estamos torcendo para que ele esteja bem", afirmou a funcionária que pediu para ter o nome preservado.
Funcionários com quem a reportagem conversou disseram ter estranhado a presença dos rapazes que atacaram o aluno. "Quando o menino saiu, eles já foram direto em cima dele. Foi uma cena assustadora. Aqui, sempre tem alguma ocorrência de violência, mas hoje foi na presença de vários outros alunos", disse a servidora que não quis se identificar.
O diretor do CEF 407, Rodrigo Soares, afirmou que o aluno foi levado para um hospital particular de Taguatinga e deve passar por cirurgia para que seja avaliado a gravidade dos danos da perfuração. À Polícia Civil, o pai do adolescente disse que um cordão de prata foi roubado durante a ação do trio. A 26; Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) investiga o caso.
Segundo o delegado de plantão da 26;DP, Reginaldo Alves, o crime teria sido motivado por ciúmes. "O autor soube que o adolescente abraçou a namorada dele durante o intervalo e foi tirar satisfação na hora da saída", contou.
A polícia espera o adolescente receber alta do hospital para ouvi-lo e, posteriormente, interrogar as testemunhas que presenciaram a ação do trio. "Talvez a gente tenha que ouvir a namorada do autor também para chegar até ele. Ainda não temos o nome, nem a idade. Estamos no início da investigação. Muita coisa ainda precisa de resposta", afirmou o delegado de plantão.
Militarização
No começo da manhã desta segunda-feira (19/8), pais e alunos protestaram, em frente a escola, pedindo a militarização da unidade de ensino. O movimento aconteceu um dia após a comunidade escolar dizer não a gestão compartilhada com a Polícia Militar.
Na votação de sábado, o resultado foi contrário à medida, com 58,49% dos votantes dizendo não à medida. No entanto, uma análise mais apurada dos dados mostra que 77,55% dos profissionais negaram o modelo, mas, entre pais e estudantes, 60,32% disseram ;sim; à militarização. A outra escola onde houve resultado contrário à gestão compartilhada foi o Gisno, na Asa Norte, onde também houve manifestação nesta segunda, mas contra a adoção do modelo.
Na votação de sábado, o resultado foi contrário à medida, com 58,49% dos votantes dizendo não à medida. No entanto, uma análise mais apurada dos dados mostra que 77,55% dos profissionais negaram o modelo, mas, entre pais e estudantes, 60,32% disseram ;sim; à militarização. A outra escola onde houve resultado contrário à gestão compartilhada foi o Gisno, na Asa Norte, onde também houve manifestação nesta segunda, mas contra a adoção do modelo.
"A gente é a favor por causa de situações como essas que aconteceu aqui hoje. Olha o perigo que nossos filhos estão correndo. Se a polícia estiver aqui constantemente pode ser que o cenário mude. Nós estivemos cedo aqui para lutar pela segurança deles, dentro e fora da escola", disse a dona de casa Gabriela Brito, 30, que participou do protesto em frente à escola de Samambaia.
O governador Ibaneis Rocha disse que pretende militarizar as duas escolas, independentemente do resultado das votações. A decisão provocou críticas por parte do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) e deputados distritais.
O governador Ibaneis Rocha disse que pretende militarizar as duas escolas, independentemente do resultado das votações. A decisão provocou críticas por parte do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) e deputados distritais.